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"Eu realmente achei que iria morrer", diz moradora de Novo Hamburgo que foi picada por cobra e sofreu acidente de carro no mesmo dia

História que parece de cinema aconteceu com a empreendedora Paola Siebel, 24 anos. "Muita coisa passou pela minha cabeça."

Publicado em: 04/12/2023 17:23
Última atualização: 14/12/2023 11:55

“Eu realmente achei que iria morrer”, diz a moradora de Novo Hamburgo, Paola Siebel, 24 anos, ao relembrar o dia em que foi picada por uma cobra venenosa e sofreu um acidente de carro. Os fatos aconteceram enquanto ela morava em Gravataí. “Era no interior do município, um acampamento religioso, mas não com barracas, tinha estrutura.”

 


Paola foi picada por uma cobra venenosa Foto: Arquivo Pessoal

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Paola estudava e fazia trabalho voluntário no local quando sofreu o duplo acidente. Naquele dia a empreendedora caminhava até seu dormitório, quando sentiu algo no pé. “Pensei que fossem espinhos. Quando cheguei embaixo de um toldo vi a cobra pendurada se debatendo.” Após um momento de desespero, o animal soltou o membro. “Uma das meninas ainda conseguiu fazer a foto.” O momento da fotografia seria fundamental no episódio.

Na sequência, Paola contou com a ajuda de um biólogo que vivia no dormitório vizinho. A jovem se dirigiu para Porto Alegre, onde deveria ser atendida no Hospital de Pronto Socorro. No entanto, o destino ainda pregaria mais uma peça. “Chovia muito e quase chegando no hospital o carro aquaplanou. A roda ficou travada e o motorista não consegui dirigir.” Detalhe: a cobra, da espécie urutu-cruzeiro, estava no banco traseiro do veículo. “Na hora nem pensamos nisso.”

Quatro horas até ser atendida

Questionada sobre o tempo entre a picada e o atendimento médico, Paola confirma a demora. “Por conta do acidente, demorei mais para ser atendida. E como ao ir para o hospital não levamos a cobra junto, os médicos não aceitaram apenas a palavra do biólogo sobre a espécie. Nossa sorte foi que a minha amiga havia fotografado, então as informações bateram e tomei o soro quatro horas depois.”

No começo havia o temor da falência de órgãos, o que não aconteceu. “Duas semanas depois meu pé começou a inchar muito, ficamos com medo que fosse gangrenar, mas oramos muito e tudo ficou bem.”
A moradora de Novo Hamburgo afirma que tem poucas memórias após ser medicada. “O medicamento era muito forte, não lembro muito.”

Recuperação e volta ao acampamento

No que se refere a recuperação, Paola diz que ficou uma semana internada no hospital e mais um mês de repouso. “Depois voltei para concluir o curso no acampamento e também o voluntariado. Muita coisa passou pela minha cabeça.” 

Paola diz que não sabe o que aconteceu com a cobra e que não volta ao acampamento há alguns anos. “Os acidentes aconteceram no dia 10 de outubro de 2017. Depois casei e não fui mais ao local”, completa a jovem, que tinha 18 anos na época do fato.

Paola Siebel em 2023 Foto: Arquivo Pessoal


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