“Eu realmente achei que iria morrer”, diz a moradora de Novo Hamburgo, Paola Siebel, 24 anos, ao relembrar o dia em que foi picada por uma cobra venenosa e sofreu um acidente de carro. Os fatos aconteceram enquanto ela morava em Gravataí. “Era no interior do município, um acampamento religioso, mas não com barracas, tinha estrutura.”
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Paola estudava e fazia trabalho voluntário no local quando sofreu o duplo acidente. Naquele dia a empreendedora caminhava até seu dormitório, quando sentiu algo no pé. “Pensei que fossem espinhos. Quando cheguei embaixo de um toldo vi a cobra pendurada se debatendo.” Após um momento de desespero, o animal soltou o membro. “Uma das meninas ainda conseguiu fazer a foto.” O momento da fotografia seria fundamental no episódio.
Na sequência, Paola contou com a ajuda de um biólogo que vivia no dormitório vizinho. A jovem se dirigiu para Porto Alegre, onde deveria ser atendida no Hospital de Pronto Socorro. No entanto, o destino ainda pregaria mais uma peça. “Chovia muito e quase chegando no hospital o carro aquaplanou. A roda ficou travada e o motorista não consegui dirigir.” Detalhe: a cobra, da espécie urutu-cruzeiro, estava no banco traseiro do veículo. “Na hora nem pensamos nisso.”
Quatro horas até ser atendida
Questionada sobre o tempo entre a picada e o atendimento médico, Paola confirma a demora. “Por conta do acidente, demorei mais para ser atendida. E como ao ir para o hospital não levamos a cobra junto, os médicos não aceitaram apenas a palavra do biólogo sobre a espécie. Nossa sorte foi que a minha amiga havia fotografado, então as informações bateram e tomei o soro quatro horas depois.”
No começo havia o temor da falência de órgãos, o que não aconteceu. “Duas semanas depois meu pé começou a inchar muito, ficamos com medo que fosse gangrenar, mas oramos muito e tudo ficou bem.”
A moradora de Novo Hamburgo afirma que tem poucas memórias após ser medicada. “O medicamento era muito forte, não lembro muito.”
Recuperação e volta ao acampamento
No que se refere a recuperação, Paola diz que ficou uma semana internada no hospital e mais um mês de repouso. “Depois voltei para concluir o curso no acampamento e também o voluntariado. Muita coisa passou pela minha cabeça.”
Paola diz que não sabe o que aconteceu com a cobra e que não volta ao acampamento há alguns anos. “Os acidentes aconteceram no dia 10 de outubro de 2017. Depois casei e não fui mais ao local”, completa a jovem, que tinha 18 anos na época do fato.
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