CATÁSTROFE NO RS
Estudo revela cota máxima do Guaíba durante maior durante catástrofe climática
Avaliação do Serviço Geológico do Brasil (SGB) foi apresentada nesta terça-feira
Última atualização: 03/09/2024 15:18
Um estudo do Serviço Geológico do Brasil (SGB) que avaliou a cota máxima atingida pelo lago Guaíba, em Porto Alegre, foi apresentado nesta terça-feira (3). O pico da cheia histórica aconteceu no dia 5 de maio, durante a catástrofe climática que assolou o Rio Grande do Sul e deixou, até o momento, 183 mortos.
CLIQUE AQUI E INSCREVA-SE NA NOSSA NEWSLETTER
ACOMPANHE: SIGA O ABCMAIS NO GOOGLE NOTÍCIAS!
Naquele dia, a prefeitura informou que o total alcançado pelo Guaíba no Cais Mauá tinha sido 5,35 metros. No entanto, o estudo do SGB aponta que a água chegou aos 5,37 metros na estação, operada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema).
Ainda conforme a análise, o Guaíba chegou aos 5,12 metros no portão da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) e 4,59 metros na estação da Usina do Gasômetro, operada pelo SGB.
FIQUE POR DENTRO: ENTRE NO NOSSO CANAL NO WHATSAPP
Os resultados inéditos fazem parte do trabalho “Avaliação Indireta do Nível Máximo do Guaíba na Região Central de Porto Alegre, entre as Estações Cais Mauá C6 e Usina do Gasômetro", realizado em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e apoio do Exército Brasileiro.
“Os dados podem ajudar a dimensionar obras hidráulicas, apoiando os cálculos sobre o tempo de retorno de eventos similares e contribuindo para a adoção de melhores práticas na prevenção e mitigação de eventos hidrológicos extremos”, explica a chefe do Departamento de Hidrologia do SGB, Andrea Germano.
Os engenheiros acrescentam que as variações existem porque o nível do Guaíba não é linear em toda a extensão. A cota de inundação varia 60 centímetros entre Usina do Gasômetro e Cais Mauá, por exemplo.
Para comparação da série histórica, o referencial é a cota de 5,37 metros, registrado na estação operada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente. A segunda cheia de grandes proporções ocorreu em 1941, materializada por placas, na região do Pórtico de entrada do Cais Mauá. Nesta região, a coluna de água, em maio de 2024, superou a cheia de 1941 em 45 centímetros.