Um estudo do Serviço Geológico do Brasil (SGB) que avaliou a cota máxima atingida pelo lago Guaíba, em Porto Alegre, foi apresentado nesta terça-feira (3). O pico da cheia histórica aconteceu no dia 5 de maio, durante a catástrofe climática que assolou o Rio Grande do Sul e deixou, até o momento, 183 mortos.
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Naquele dia, a prefeitura informou que o total alcançado pelo Guaíba no Cais Mauá tinha sido 5,35 metros. No entanto, o estudo do SGB aponta que a água chegou aos 5,37 metros na estação, operada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema).
Ainda conforme a análise, o Guaíba chegou aos 5,12 metros no portão da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) e 4,59 metros na estação da Usina do Gasômetro, operada pelo SGB.
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Os resultados inéditos fazem parte do trabalho “Avaliação Indireta do Nível Máximo do Guaíba na Região Central de Porto Alegre, entre as Estações Cais Mauá C6 e Usina do Gasômetro”, realizado em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e apoio do Exército Brasileiro.
“Os dados podem ajudar a dimensionar obras hidráulicas, apoiando os cálculos sobre o tempo de retorno de eventos similares e contribuindo para a adoção de melhores práticas na prevenção e mitigação de eventos hidrológicos extremos”, explica a chefe do Departamento de Hidrologia do SGB, Andrea Germano.
Os engenheiros acrescentam que as variações existem porque o nível do Guaíba não é linear em toda a extensão. A cota de inundação varia 60 centímetros entre Usina do Gasômetro e Cais Mauá, por exemplo.
Para comparação da série histórica, o referencial é a cota de 5,37 metros, registrado na estação operada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente. A segunda cheia de grandes proporções ocorreu em 1941, materializada por placas, na região do Pórtico de entrada do Cais Mauá. Nesta região, a coluna de água, em maio de 2024, superou a cheia de 1941 em 45 centímetros.
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