A mobilização contra o Novo Ensino Médio ocorreu em diversas cidades do País nesta quarta-feira (15). Em Porto Alegre, estudantes e professores de escolas públicas concentraram-se em frente ao Colégio Estadual Júlio de Castilhos, uma das maiores escolas públicas da capital. O ato começou às 9 horas e contou com uma aula pública, em que estudantes, professores e políticos dispararam críticas ao modelo.
Foto: May Iandara / Divulgação Cpers
A lei que cria o Novo Ensino Médio foi sancionada em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, e começou a ser implementada em 2022, para turmas do 1º ano. A implementação ocorre de forma escalonada até 2024. A principal novidade é uma flexibilização em relação ao currículo, que permite ao estudante direcionar parte da sua formação para áreas específicas, de acordo com a oferta de cada escola.
Desde que foi criada, a proposta é alvo de questionamentos por parte de especialistas em educação e entidades ligadas ao setor. Entre as principais críticas estão a falta de discussão com a sociedade, um aumento na discrepância entre ensino público e privado, a redução de disciplinas das ciências humanas, da natureza e de linguagens e a baixa oferta, na prática, de opções de áreas que os estudantes agora precisam escolher.
Consulta pública
Na última semana, o Ministério da Educação (MEC) abriu consulta pública para avaliação e reestruturação da política nacional de ensino médio. A consulta tem prazo de 90 dias para as manifestações, com possibilidade de prorrogação.
Ela será implementada por meio de audiências públicas, oficinas de trabalho, seminários e pesquisas nacionais com estudantes, professores e gestores escolares sobre a experiência de implementação do novo ensino médio nos 26 estados e Distrito Federal. (Com informações de Agência Brasil)
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