Estudantes de São Leopoldo representarão o RS em campeonato nacional de robótica

A Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), que ocorrerá de 11 a 16 de novembro em Goiânia - Goiás, terá estudantes de São Leopoldo representando o Rio Grande do Sul. Equipes do Sesi e do Sinodal foram classificadas para a OBR na etapa estadual da competição, realizada no final de setembro, em Porto Alegre. Da Escola Sesi, participarão alunos e professores que compõem a equipe Curiosity, classificada na modalidade Robótica Artística.

Do Sinodal, serão quatro equipes na etapa nacional: uma delas, a equipe Solar, disputando também a modalidade Robótica Artística e as demais equipes, Cusco, Esgualepado e Bergamota, que disputarão as modalidades Robótica de Resgate N1 e Robótica de Resgate N2, respectivamente.

Campeã estadual da OBR Artística no RS, a equipe Curiosity é formada pelos professores Augusto Schneider e Cristiane Melchior e pelos alunos Manuella da Silva Falcão, Laura Durão Venancio, João Pedro Mosmann dos Santos e Artur Tesch dos Santos. Para a competição, eles criaram um robô inspirado em WALL-E, uma animação da Disney.

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“Nossa equipe fez uma releitura adaptando a história original do filme para a realidade do Rio Grande do Sul no ano de 2024. Nesse sentido, a ideia é o robô realizar a limpeza e trazer esperança para o nosso estado”, explica o professor Augusto Schneider.

Segundo ele, a equipe foi fundada em 2022 e tem como objetivo desenvolver o raciocínio lógico e crítico dos alunos, incentivando a pensar de forma estruturada, favorecendo o desenvolvimento de habilidades para tomada de decisões. Schneider conta que faltando menos de um mês para a competição nacional, os alunos se preparam realizando os últimos ajustes no robô.

Preparação 

“Estamos arrumando o nosso robô, estudando, porque agora as regras mudam. Estamos buscando evoluir, melhorar, para tentar ganhar”, diz. Conforme ele, no momento do preparo, cada integrante da equipe tem uma função: um programa, o outro monta a parte mecânica do robô e o outro faz a leitura do edital. “Mas na hora da ação, os quatro são artistas, porque têm que fazer o robô interagir com os humanos”, explica.

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Conforme a diretora Rafaela Rech, a robótica é um dos princípios da escola Sesi. “Quando a gente prioriza a robótica, não é no sentido de ter uma disciplina de robótica, mas no sentido de ela estar diluída em todos os componentes. E quando a gente forma as equipes para participar destas olimpíadas e torneios, a gente busca que eles levem o aprendizado para estes momentos. Na nossa equipe artística, eles conseguiram relacionar a robótica, a música, o teatro, a matemática, toda a questão de programação, da ciência da natureza, conseguiram levar todo o aprendizado e demonstrar isso lá. Para a nossa escola é uma grande honra eles puderem participar destes momentos, porque a gente tem certeza de que a gente tá fazendo o trabalho de casa, incentivando eles a buscarem estes espaços”, analisa.

Estudante do 2º ano do Ensino Médio, Manuella da Silva Falcão, 17, conta que desde pequena sempre foi fascinada pela robótica. Ela se disse emocionada com o resultado alcançado até aqui pela equipe. “A gente se trata como uma família e estar lá junto com eles, foi uma sensação única, muito especial. Saber que a equipe em conjunto vai sair daqui para representar o Sesi em outro estado não tem preço. Nunca imaginei que ia viver esta experiência”, afirma.

Conhecimento que passa de geração para geração no Sinodal 

Coordenador da área de Tecnologia e Estratégia do Sinodal, o professor Jorge Jardim Júnior conta que as equipes vêm aprimorando o trabalho desenvolvido por outros times, anos atrás.

“Temos robôs desenvolvidos em 2011.É uma verdadeira herança de conhecimento. São melhorias em tecnologia que desenvolvemos internamente e que deixa os robôs com a nossa cara, com características próprias e com a nossa essência. De geração para geração, tecnologia e inovação desenvolvidas pela Robótica Sinodal”, comemora o professor, atribuindo o domínio do pódio como resultado dessa longa trajetória. “E isso me deixa muito orgulhoso”, completa.

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“A gente trabalha bastante. A equipe está há um bom tempo alcançando bons resultados. Ano após ano, vamos melhorando nosso desempenho. A quantidade de equipes participando e a qualidade de todas elas tem se mantido em alto nível. O mais bacana de ver são as gerações que estão crescendo ensinando para as novas que estão entrando. Os mais novos vão tendo nos mais velhos um espelho, uma referência de alguém que eles querem seguir. É bonito ver essa troca em sala de aula e acompanhar esse crescimento deles”, analisa.

Premiação

Segundo o regulamento da OBR, um número de vagas à competição mundial promovida pela RoboCup Federation é disponibilizado às melhores equipes do Nível 2 (para estudantes de 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e todos os anos do Ensino Médio ou Técnico) das categorias presenciais da Modalidade Prática da competição nacional. Além de vagas para a RoboCup Mundial, os alunos com ótimo desempenho concorrem a medalhas, certificados e bolsas de Iniciação Científica Júnior do CNPq.

Estudantes que participarão da etapa nacional

Do Sinodal:

Esgualepado: equipe Campeã Robótica de Resgate N2 (Ensino Médio): Ismael Reis, Otávio Pacheco, Francisco Noble e Lucas Buhler.

Bergamota: equipe vice-campeã Robótica de Resgate N2 (Ensino Médio): João Pedro Oliveira, Pedro Gonçalves, Enrico Tramontini e Luiz Leorato.

Cusco: equipe vice-campeã Robótica de Resgate N1 (até 8º Ano): Murilo Minghelli e Theo Vieira;

Solar: equipe vice-campeã da Robótica Artística N2 (14 anos ou mais): Lívia Beninca, Bernardo Paim, Pietra Carvalho e Iasmin Picoli.

Do Sesi

Curiosity: equipe campeã da Robótica Artística N2: Manuella da Silva Falcão, Laura Durão Venancio, João Pedro Mosmann dos Santos e Artur Tesch dos Santos