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SOLIDARIEDADE

Estudantes aumentam produção e vão fabricar mais de 1 mil móveis para atingidos pela enchente no Vale do Paranhana

Ideia inicial de desenvolver 100 móveis, 50 balcões de pias e 50 camas; ação conta também a participação de ex-alunos do Cimol, em Taquara

Susete Mello
Publicado em: 03/06/2024 às 18h:37 Última atualização: 03/06/2024 às 18h:38
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O envolvimento de alunos e ex -alunos do curso Técnico em Móveis da Escola Técnica Estadual Monteiro Lobato (Cimol), de Taquara, na produção de móveis para famílias atingidas pela enchente em municípios do Vale do Paranhana, alcançou proporções maiores. A ideia inicial de desenvolver 100 móveis, 50 balcões de pias e 50 camas, para doar para funcionários e alunos da escola, mudou. A estimativa é que em quatro meses serão desenvolvidos mais de 1 mil móveis para quem perdeu móveis com a enchente.

Alunos do curso técnico em móveis da Cimol, como Lívia Franzen Camacho, 16 anos, produzem móveis | abc+



Alunos do curso técnico em móveis da Cimol, como Lívia Franzen Camacho, 16 anos, produzem móveis

Foto: Susi Mello/GES-Especial

As primeiras doações de móveis foram feitas para alunos e funcionários atingidos pela enchente e os próximos serão atingidos pelas enchentes de Taquara, Igrejinha, Parobé, Três Coroas e Rolante.
Ao todo, são 100 alunos e 100 ex -alunos, que se voluntariaram para a execução do projeto.

“As empresas começaram a oferecer material, fizemos uma parceria com a Ong Moradia e Cidadania, de funcionários da Caixa Econômica Federal, que compraram linhas de produção, e temos doações de máquinas de outros estados”, explica o coordenador do curso de móveis, Marlon Rosano Lazzaretti.

Alunos do curso técnico em móveis da Cimol | abc+



Alunos do curso técnico em móveis da Cimol

Foto: Susi Mello/GES-Especial

Com a magnitude da iniciativa, que foi apresentada pelos próprios alunos do curso, houve a necessidade de um espaço maior para comportar o material que foi chegando à instituição. Ao invés da sala de marcenaria, o imóvel cedido para a iniciativa é o dobro do espaço que os alunos estavam acostumados nas aulas práticas. “É um orgulho, uma ideia pequeninha, se tornar grande. Nunca imaginaria que tomaria essa proporção”, acrescenta Lazzaretti. 



Os alunos envolvidos na ação são dos 1º aos 3º anos. Antes, explica a estudante, Lívia Franzen Camacho, 16 anos, as aulas práticas eram para que cada estudante desenvolvesse os seus próprios móveis. Agora é outra realidade. “Eu acho muito interessante e eu fico muito feliz de estar podendo ajudar de alguma forma, porque antes eu não conseguia ajudar muito e agora eu estou conseguindo ajudar bastante as pessoas”, frisa. 

Além do mais, acrescenta a aluna, a iniciativa proporciona muitos conhecimentos. “Estou fazendo o que não faria, como montar gavetas”, exemplifica a adolescente que usa nas aulas a tupia, coladeira, furadeira, broca, serra-fita, entre outros equipamentos.

Exemplo

A vice diretora Vanessa Munari conta que a escola é bem quista na comunidade. O projeto, complementa, significa um aprendizado que ultrapassa a fronteira da escola, no sentido de aprender a fazer móveis, pois os alunos estão tendo um grande ensinamento para vida. “Ensinar de uma forma tão tocante, a comunidade apoiando com doações, com compartilhamento do nosso projeto, é algo que fica para a vida deles. Além de fazer um balcão, uma mesa , eles vão aprender a fazer a diferença na comunidade que vive, faz a diferença na vida da escola e na vida das famílias dos alunos”, conclui.

Quem escolhe

A Cimol realiza parceria com a Câmara da Indústria, Comércio e Serviço e Agropecuária do Vale do Paranhana (CICSVP), que fica responsável em intermediar contatos com a assistência social de cada cidade beneficiada. “É a assistência social do município que define a família e busca o móvel na escola”, esclarece o coordenador do curso de Móveis.

Como ajudar

Dobradiças, corrediças e pés de metal são os itens que estão fazendo falta para a produção de balcões de pias. Quem quiser ajudar pode doar dinheiro, que será usado para compra, pelo Pix. A chave (e-mail) é cimol@cimol.g12.br.

 

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