abc+

ACABOU A PACIÊNCIA

"Estou indignado com o atendimento da RGE"; prefeito de Rolante reage à demora na normalização serviço

Prefeito dá uma hora para RGE religar a energia elétrica na área central de Rolante ou tomará medidas administrativas e judiciais contra a companhia

ico_abcmais_azul
Publicado em: 18/01/2024 às 12h:26 Última atualização: 18/01/2024 às 12h:28
Publicidade

A demora da RGE para normalizar o abastecimento de energia elétrica em Rolante provocou a reação do prefeito Pedro Luiz Rippel, na manhã desta quinta-feira (18). Com boa parte da cidade ainda sem luz desde a noite de terça-feira (16), quando uma tempestade atingiu o município e parte do Vale do Paranhana, Rippel decidiu notificar extrajudicialmente a companhia para que providencie retorno da energia. “Estou indignado com o atendimento da RGE”, avisa.

FIQUE BEM-INFORMADO: FAÇA PARTE DA NOSSA COMUNIDADE NO WHATSAPP

Prefeito Pedro Luiz Rippel, de Rolante, reage a falta de luz e afirma que serviços públicos estão sendo prejudicados | abc+



Prefeito Pedro Luiz Rippel, de Rolante, reage a falta de luz e afirma que serviços públicos estão sendo prejudicados

Foto: Jana Junges/Prefeitura de Rolante

No documento, o prefeito dá o prazo de 1h para que a RGE restabeleça o fornecimento de energia elétrica na área central do município, e o prazo de 2h para as demais localidades, a partir do recebimento da notificação. Caso a companhia não cumpra os prazos, o gestor promete tomar outras medidas contra a empresa nas esferas administrativa e judicial. A prefeitura ainda não conseguiu entregar o documento ao responsável da companhia na região.

Pedro Luiz Rippel garante que procurou o gerente da companhia, que prometeu solucionar o problema, mas que até o momento, a situação seguia na mesma. “Isso é um absurdo, é um absurdo inexplicável. Mesmo que queiram explicar o inexplicável, é preciso ter planejamento de trabalho. Prioridades são prioridades”, coloca.

Hospital dependendo de gerador

Conforme o prefeito, a RGE não cumpre o que determina a lei no que diz respeito às prioridades no restabelecimento. “Ontem, passamos o dia todo sem energia elétrica no hospital, dependendo de um gerador para as pessoas pudessem usar oxigênio, para poder mover a emergência”, relata. Além disso, a prefeitura e outros órgãos públicos seguem sem luz desde a noite de terça-feira (16).

Rippel afirma que a área central e prédios públicos são os primeiros locais em que a energia elétrica deve ser restabelecida. Para o prefeito, falta planejamento e gerência por parte da companhia. “A gente não vê nenhuma movimentação de trabalho dessa gente [da RGE] até agora, e quero ressaltar minha indignação sobre isso. A gente cobra, cobra, mas não acontece nada”, expõe.

O prefeito explica que tomou a decisão de notificar a companhia visando o interesse público, já que, com a falta de luz, o serviço público não anda. “A gente sabe que tudo não vai ser resolvido [imediatamente], vai levar um tempo, mas as prioridades precisam ser atendidas de imediato. A gente está com um monte de coisas para encaminhar, pessoas para receber, despachar projetos, e a gente não consegue fazer porque os funcionários estão de mãos atadas, sem ter Internet, sem ter nada”, explica.

A reportagem procurou a RGE para se manifestar sobre o assunto, mas, até o fechamento desta matéria, a companhia não retornou o contato. O espaço segue aberto para o contraponto.

Em Campo Bom, morador fica 85h sem luz

Não é só o poder público que sofre com a demora para o restabelecimento da energia elétrica. Em Campo Bom, um representante comercial ficou 85h sem luz em casa. Milton Floriano Braecher, que reside na rua Lajeado, no Bairro Imigrante Sul, estava sem luz desde o último domingo (14) e precisou apelar até que a RGE tomasse uma atitude. O rompimento de um cabo de energia só foi consertado por volta das 10 horas desta quinta-feira (18), logo após o morador falar com a reportagem do Jornal NH.

TEMPESTADE: Cerca de 100 mil imóveis estão sem abastecimento de água na região metropolitana

Conforme o morador, foram necessárias a abertura de nove protocolos e seis chamadas via WhatsApp para que o problema fosse resolvido. “Quanta incompetência e falta de respeito com o cliente. Por duas vezes, informaram que equipes estariam no local, mas não vieram”, afirma. Enquanto isso, o representante comercial deixou de atender clientes e perdeu alimentos que dependiam de energia elétrica para serem conservados. “Sem falar na insegurança e nos danos emocionais que sofremos”, finaliza.

Publicidade

Matérias Relacionadas

Publicidade
Publicidade