No Dia de Finados, a homenagem transformou-se em desespero para Fabiano Moreira Nunes, consultor de segurança residente em Caxias do Sul. Quando chegou para visitar o local onde estava sepultado o corpo do bebê que morreu há 14 anos e que estavam em sepultura do Cemitério Municipal de Estância Velha, não encontrou nada no local. Abalado, Fabiano relata: “Estou à base de remédio para poder dormir.”
“Eu ia a cada três meses ver o túmulo. Quando fui prestar uma homenagem no Dia de Finados, às 10 horas, vi que tiraram a sepultura dele e não tinha nem a estrutura da sepultura do Bruno. O coveiro me disse que foram ordens da administração.”
Após o desespero inicial, o pai recebeu a informação de que encontraram o corpo do menino, que foi removido para o ossário e que poderia ser identificado pela roupa. A remoção, segundo Fabiano, ocorreu sem aviso prévio à família. “Sempre disseram que foi um erro”, comenta.
Sepultamento será em Sapiranga
Fabiano diz que exigiu um teste de DNA no corpo que dizem ser de Bruno. “Na prefeitura, eles alegam que estão buscando um laboratório. Quando sair o exame e for realmente dele, levarei para a sepultura do meu pai em Sapiranga”, disse ele.
Em contrapartida, a administração municipal reforça que os restos mortais não desapareceram, mas foram removidos para o ossário. “Estamos atentos a esta questão e solidários à família. Nos colocamos à disposição para atender e também fazer o teste de DNA.”
Além disso, a prefeitura informa ainda que o funcionário responsável pelo Cemitério Municipal foi exonerado. Ademais, um processo administrativo disciplinar foi aberto para apurar “possíveis imprecisões procedimentais”.
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