A Polícia Civil divulgou durante conclusão do inquérito nesta quarta-feira (12) que haviam 175 animais no estoque da Cobasi no Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, durante as enchentes históricas de maio. “Por estarem em gaiolas e aquários, acredita-se que nenhum tenha sobrevivido ao alagamento”, afirmou em nota.
O caso ganhou grande repercussão após uma ONG denunciar, no dia 19 de maio, que muitos animais teriam sido deixados para trás quando as ruas começaram a alagar na capital. A loja ficava no subsolo do estabelecimento, que foi completamente alagado.
Uma vistoria no local constatou que nenhum havia sobrevivido, entre eles, estariam roedores, pássaros e peixes. Ainda, foram coletados 38 corpos de animais que estavam na água, “tomada por esgoto e forte odor”.
Enquanto os animais ficaram no subsolo, os eletrônicos foram levados para o mezanino, que não foi atingido. A investigação constatou que houve omissão por parte dos responsáveis pela empresa, resultando “não somente em sofrimento aos animais, mas também na morte de diversos deles”.
Pessoas e empresas foram indiciadas
Quatro inquéritos foram enviados ao Poder Judiciário nesta quarta-feira. Deles, três resultaram no indiciamento de 10 pessoas físicas e cinco jurídicas de três lojas de pets da cidade. Dos indiciamentos jurídicos, quatro são à Cobasi, sendo duas lojas e a matriz, que foi duplamente indiciada.
Conforme a Polícia, as duas lojas na capital têm faturamento bilionário anual e “mesmo assim, não realizaram qualquer atitude para retirar os animais antes da enchente, ou ainda, para resgatá-los quando a água já acessava as lojas”.
Ainda, reforçou que, para que os animais tivessem uma chance de sobrevivência, foi preciso que voluntários soubessem do que aconteceu e fossem resgatá-los.
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