SAÚDE
Esteticista é denunciada e tem curso com procedimentos invasivos suspenso pela Justiça no RS
Denúncia feita ao Conselho de Medicina do RS dizia que a esteticista também aplicava botox, preenchimentos e retirava lesões de pele sem diagnóstico médico
Última atualização: 22/07/2024 12:14
Uma esteticista que oferecia curso com procedimentos invasivos no RS foi denunciada e teve o treinamento para uso de jato de plasma suspenso pela Justiça.
A decisão da 10ª Vara Federal de Porto Alegre ocorreu após pedido de liminar do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers).
A entidade afirma que os procedimentos oferecidos pela esteticista não podem ser realizados por pessoa sem capacitação e comemora "mais uma importante vitória no combate ao exercício ilegal da Medicina".
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Além do curso, que estava marcado para começar nesta segunda-feira (22) em Alvorada, a Justiça proibiu ainda que sejam oferecidos outros similares.
Entre os tratamentos que o curso oferecia, estavam: diagnóstico, retirada, extração e cauterização de lesões de pele.
Na denúncia recebida pelo Cremers, o presidente da entidade médica gaúcha, Eduardo Neubarth Trindade, diz que o relato foi que a esteticista realizava injeção de fármacos com fins estéticos, como botox, preenchimento e retirada de lesões de pele sem qualquer diagnóstico médico nem informações aos pacientes sobre os riscos.
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"A realização de procedimentos invasivos e tratamentos de lesões de pele por profissional não habilitado legalmente é vedada por legislação e expõe a riscos incalculáveis os pacientes que pagarão para servir de cobaias", alertou Trindade.
Outros casos
- No mês de junho, a 2ª Vara Federal de Pelotas acatou o pedido do Cremers e suspendeu curso de terapias injetáveis para fisioterapeutas que seria realizado no município.
- Em julho, a 1ª Vara Federal de Bento Gonçalves também acatou pedido do Conselho e suspendeu cursos semelhantes que ocorreriam em Caxias do Sul, Porto Alegre, Passo Fundo, e em Santa Catarina.
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Peeling de fenol
A morte de um homem no começo do mês de junho trouxe à tona os riscos da aplicação de procedimentos invasivos por profissionais sem capacitação no País.
No dia 3, o empresário Henrique Chagas faleceu após fazer procedimento chamado “peeling de fenol” na clínica da influencer Natalia Becker, que não tinha habilitação na área.