Com investimento de R$ 15,5 milhões, a Corsan está instalando 12,8 quilômetros (km) de uma nova rede coletora de esgoto em Esteio. As obras, que devem ser concluídas até dezembro deste ano, atenderão 2,2 mil residências dos bairros Liberdade, São Sebastião e Vila Esperança. Até então, o município contava com aproximadamente 8 mil instalações ativas.
Até o momento, a empresa já instalou 700m da rede e também um motor-bomba (elevatória) para bombeamento do esgoto. “Mais dois estão sendo instalados, entre os sete que entrarão em funcionamento no local”, informa a empresa, por meio de sua assessoria de imprensa.
Sustentabilidade
O investimento visa atender ao Marco Legal do Saneamento, estabelecido pela Lei Federal nº 14.026/2020 sancionada no dia 15 de julho de 2020. O Marco estabelece que, até 2033, 99% da população deverá ter acesso à água potável e 90%, à coleta e ao tratamento de esgoto. Para alcançar esta meta nos 317 municípios que atende no Rio Grande do Sul, a Corsan planeja investir R$ 1,5 bilhão por ano até lá.
Para o prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal, as novas redes serão fundamentais para a economia de recursos naturais no município. “O maior ganho para o município está na preservação. São milhões de litros de esgoto tratado por dia, que antes iam direto para o rio”, afirmou, via assessoria de imprensa. “A cada litro tratado, 20 litros de água se recuperam. Tenho convicção de que esta é a maior vantagem para o nosso município.”
Rede sapucaiense
Além de Esteio, o município de Sapucaia do Sul também receberá a instalação de novas redes de esgoto. Conforme a assessoria da empresa, os sapucaienses devem também contar com investimento de R$ 15,5 milhões na instalação de 38,3 km de rede. As obras devem beneficiar 7,9 mil residências dos bairros Tamandaré, Jardim, Primor, Silva, Paraíso, Vargas e Centro. A previsão de início é para o segundo semestre deste ano, mas ainda não há uma data exata definida para a obra.
Primeira cidade a atingir meta de universalização
Com a instalação desta rede de esgoto, Esteio será o primeiro município gaúcho a atingir a universalização do saneamento. Em 2020, quando o Marco Legal do Saneamento Básico foi sancionado, o município figurava entre as dez cidades com índices de esgotamento sanitários baixos. O dado é do Painel Saneamento Brasil, do Instituto Trata Brasil (ITB).
Na época, 9,2% da população, composta por 83.279 moradores, tinha acesso à coleta de esgoto – o que correspondia a, aproximadamente, 7,6 mil instalações. Atualmente, as 8 mil instalações correspondem a 9,6% da população total da cidade.
Marco Legal do Saneamento
A lei 14.026/2020 visa atender aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), cujas metas são divididas em quatro temas: social, ambiental, econômica e institucional. O Marco Legal do Saneamento encaixa-se na ODS 6 – acesso universal à água potável e saneamento básico. A Agenda 2030 foi criada em setembro de 2015, na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, junto a 193 Estados membros.
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