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NOVO HAMBURGO

"Estava indo para o lixo", diz morador que encontrou anel de formatura da esposa em meio aos destroços da enchente

Objeto de valor sentimental foi achado em montanha de lixo no bairro Santo Afonso

Susete Mello
Publicado em: 01/06/2024 às 13h:09 Última atualização: 01/06/2024 às 13h:17
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Em meio a móveis e roupas, que formam uma montanha de lixo em frente de casa, o comerciante Osmar Viegas, administrador da Elétrica Rio Branco, encontrou um anel, cuja história tem um grande valor sentimental. Ele pertence a sua esposa, a comerciante Maiqueli Klippel, 38 anos, que foi também professora de Língua Portuguesa, mas agora se dedica aos negócios do marido.

Comerciante Osmar Viegas encontrou anel de que esposa ganhou do avô em meio aos resíduos e móveis retirados da casa   | abc+



Comerciante Osmar Viegas encontrou anel de que esposa ganhou do avô em meio aos resíduos e móveis retirados da casa

Foto: Susi Mello/GES-Especial

“Ontem a minha esposa entrou em desespero porque lembrou do anel de formatura que ela ganhou do avô. Ela disse que estava em um caixinha de bijuterias com divisórias, dentro de um saco verde. Eu puxei um e depois outro saco e vi o anel dela”, contou na manhã deste sábado (1º), o morador da Rua Leopoldo Wassun, no bairro Santo Afonso.

Para Viegas, a situação é uma lição de vida. “Estava indo para o lixo e serve de lição. Não podemos perder a nossa fé, jogar a nossa fé no lixo. Aquilo que a gente tem valor, a gente deve ir atrás, buscar o que é nosso. Não perder a fé em Deus”, declarou.

A casa, onde o casal mora com o filho de dois anos, foi tomada pela água até a altura do forro. O imóvel foi adquirido há um ano e meio. “Demos um entrada, fizemos um financiamento pela Caixa Econômica Federal e compramos”, relata.

Comerciante Osmar Viegas encontrou anel de que esposa ganhou do avô em meio aos resíduos e móveis retirados da casa  | abc+



Comerciante Osmar Viegas encontrou anel de que esposa ganhou do avô em meio aos resíduos e móveis retirados da casa

Foto: Susi Mello/GES-Especial

O comerciante explica que vizinhos, que vivem há mais de 40 anos, nunca viram algo parecido. “Voltamos no sábado (25/5) passado, limpamos a casa, mas perdemos tudo. Não ficou nada. Tirávamos as roupas do roupeiro e ele caía, tirava as louças e o armário caía”, frisa.

Ajuda

“A gente acumula muita coisa e num piscar de olhos perde tudo o que tem. O importante é a família. Eu tenho certeza que isso é para ter mais fé, Deus está mostrando para todos nós. Entre vizinhos, ficamos mais humanitários, estamos nos ajudando. Lamentavelmente desta forma que Deus está mostrando que tem que ser mais humano. Temos que aproveitar mais a nossa vida”, arremata. 

 

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