SANTO AFONSO
"Essas bombas estão ligadas?": Entenda por que áreas seguem alagadas em Novo Hamburgo
Na manhã desta terça-feira (4), foi possível ver bomba flutuante que foi reposicionada puxando água do arroio próximo à Casa de Bombas
Última atualização: 04/06/2024 18:59
A mudança de posicionamento de bombas flutuantes anunciada na segunda-feira (3) pela prefeitura de Novo Hamburgo ajudou a escoar a água que seguia represada em boa parte da Vila Palmeira, no bairro Santo Afonso, mas ainda há alguns pontos com alagamento.
Toda extensão da Rua Floresta, onde existe um valão que leva água para o Arroio Gauchinho, segue inundada, o que impossibilita o acesso de moradores às suas casas. “Essas bombas estão ligadas?”, indaga o aposentado Maurício Belizario da Silva, 69 anos, que ainda tinha água no pátio dos fundos de casa.
Outro local que segue com água represada é a Rua Eldorado, na altura da Rua da Divisa. Neste ponto, os moradores já haviam conseguido retornar para suas casas, contudo, a água voltou a subir, o que os obrigou a sair novamente.
Conforme um morador da Rua Eldorado, que foi verificar a situação do arroio nesta manhã, a água começou a baixar bastante a partir da mudança da bomba.
“Mas agora a gente percebe que a água parou de descer [em direção a Casa de Bombas] e está parada. Pode ver, ela não tá descendo, não tem correnteza”, afirma Paulo Ávila Dutra, 35.
Mudança do posicionamento das bombas
Conforme a prefeitura, nesta segunda-feira (3), uma das bombas flutuantes, cedida pelos arrozeiros, teve que ser desligada por falta de profundidade na bacia onde ela estava instalada.
Por isso, a equipe da Secretaria de Obras reposicionou a bomba mais para trás, fazendo com que a drenagem voltasse a um ritmo mais acelerado. Na manhã desta terça-feira (4), era possível ver a bomba trabalhando e captando água do arroio e da bacia da Casa de Bombas.
Ontem, o diretor de Esgoto Pluvial da Secretaria de Obras, Ricardo Lucas Al-Alam, explicou que a água que está represada na região da Vila Palmeira, na Santo Afonso, depende da ação da gravidade para fazê-la chegar até o arroio Gauchinho.
“É uma região com pouco caimento”, expõe. Além disso, o entupimento da rede pluvial e de valos, como o que margeia a Rua Floresta, atrapalham o recuo da água. “Isso faz a água descer devagar para a região das bombas”, pontua.
Por conta disso, para tentar fazer com que o escoamento aconteça com mais rapidez, a Secretaria de Obras tem trabalhado para desobstruir as passagens da água, removendo lixo e entulhos oriundos da própria enchente.
A expectativa é de que ainda nessa semana, todo o bairro esteja sem qualquer ponto de alagamento. “Acredito que em um ou dois dias não teremos mais água no bairro”, estimou.