Recentemente, uma moradora de Ivoti encontrou em seu banheiro um escorpião da espécie Bothriurus bonariensis, popularmente conhecido por escorpião-preto, no bairro Farroupilha. Esta é uma das seis espécies deste animal registrado no Rio Grande do Sul e, apesar de possuir veneno (como todos os escorpiões), ele é apontado como não agressivo e de baixa toxicidade. De acordo com a Prefeitura, após retirar o animal do banheiro, a moradora o devolveu à natureza.
Considerado um aracnídeo, a espécie, encontrada em todo o Estado, costuma aparecer no verão devido às condições favoráveis para o seu desenvolvimento. Conforme a bióloga e licenciadora da secretaria de Meio Ambiente de Ivoti, Sarah Peixe, a espécie achada na cidade é considerada inofensiva, contudo, cuidados devem ser tomados.
“Apenas um pequeno número de espécies são perigosas para os seres humanos. O veneno produzido pela maioria causa uma reação semelhante à da ferroada da abelha, que é muito dolorosa, mas geralmente não oferece perigo de morte”, explica.
Ambientes com propagação de insetos, como lixo e restos de obras são locais ideais para a incidência de escorpiões. A bióloga afirma que nestes espaços comumente encontram-se aranhas, grilos, moscas e baratas, insetos que servem de alimento e atraem escorpiões. Como estes possuem hábitos noturnos, é à noite que eles saem em busca de alimentos.
O que fazer
Conforme a bióloga, os escorpiões descansam durante o dia em locais úmidos e escuros, embaixo de pedras, telhas, madeiras e troncos em decomposição. Também podem entrar em residências pelas redes de esgoto, por isso é orientada a vedação de ralos e caixas de gordura.
“Ao encontrar um escorpião, não se deve pegá-lo com a mão. A Vigilância Sanitária ou Bombeiros devem ser acionados, e, em último caso tentar capturá-lo, usando luvas de couro, calçados grossos e fechados, calça e camisa de manga comprida, algum objeto como uma pá de recolher lixo e uma vassoura”, recomenda.
O uso de venenos não é recomendado, pois podem causar um desequilíbrio no ecossistema, fazendo com que outras pragas se proliferem, como o escorpião amarelo, que é perigoso e sua picada pode levar à morte. No Estado, o controle é feito pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), da Secretaria Estadual de Saúde. Em casos de acidente, também pode ser procurado o Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul pelo telefone 0800 721 3000.
Em caso de picada de escorpião, os primeiros socorros são:
- Lavar o local da picada com água e sabão;
- Manter o local da picada voltado para cima;
- Não cortar, furar ou apertar o local da picada;
- Beber bastante água;
- Dirigir-se, imediatamente, ao serviço de saúde mais próximo;
- Sempre que possível levar o escorpião junto.
Outros animais peçonhentos
Outro animal peçonhento que é preciso ter cuidado são as jararacas. Elas são as serpentes que mais picam pessoas; veja como identificá-las e o que fazer em caso de ataque.
LEIA TAMBÉM