ESPECIAL SEMANA DA ÁGUA
Esgoto tratado tem impacto na saúde e na economia
O esgotamento sanitário no Brasil é um desafio por causa do baixo percentual de acesso aos serviços de saneamento. Em Novo Hamburgo, investimentos em estações são realizados para mudar o cenário
Última atualização: 26/02/2024 09:44
Por Marcelo Kenne Vicente
Toda a discussão sobre acesso, conservação e qualidade da água acaba incluindo a questão do esgotamento sanitário. Problema enfrentado em todo o mundo e, como não poderia deixar de ser, um desafio no Brasil onde 49% do esgoto não é tratado, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2021).
Há a expectativa de que ocorra uma melhora no País com a Lei 14.026/2020, que atualiza o marco legal do saneamento básico e define que, até 2033, 90% da população tenha acesso à coleta e tratamento de esgoto. “Quando não temos um sistema adequado, estamos contribuindo para a poluição dos nossos mananciais, mas também para uma série de consequências negativas à saúde das pessoas, como aumento do número de internações por doenças diarreicas”, explica André Machado, gerente de Relações Institucionais e Comunicação do Instituto Trata Brasil (ITT).
Isso influencia, por exemplo, no desempenho escolar das crianças, devido à ausência causada por enfermidades, e a produtividade dos trabalhadores, que também precisam faltar ao trabalho. De acordo com Machado, existem outros impactos: “Em um estudo realizado pelo ITT sobre avanços no saneamento até 2040, o Brasil pode gerar R$ 1,4 trilhão em benefícios socioeconômicos, devido a melhor qualidade de vida da população, potencial turístico e valorização imobiliária”.
Em Novo Hamburgo, a Comusa - Serviços de Água e Esgoto tem realizado uma série de investimentos no sentido de aumentar os percentuais de esgotamento sanitário no município, segundo afirma o vice-prefeito e diretor-geral da autarquia, Márcio Lüders. “Já atingimos as metas do marco do saneamento no quesito abastecimento de água tratada, atingindo 98% de toda a cidade, substituindo mais da metade dos 900 quilômetros de redes de ferro e fibrocimento antigas”, informa Lüders. Na parte de tratamento de esgoto, ele explica, hoje alcança 8% de toda a população. “Com a primeira fase da ETE Luiz Rau, passará a tratar 50%. Quando finalizada, mais de 80% de todo o esgoto de Novo Hamburgo será tratado”, acrescenta. Ele ressalta os investimentos feitos nessa estação, R$ 64 milhões, e na ETE Vila Palmeira (R$ 5,1 milhões) e ETE Roselândia (R$ 12 milhões).
Comusa comemora 25 anos de atuação em 2023
Ações em casa para reduzir problemas na rede de esgoto
O diretor-geral reforça as atitudes da população que geram consequências em relação à qualidade da água que é captada e tratada pelos serviços de saneamento. “Descarte irregular de lixo, móveis e restos de obras vão sempre parar no Rio dos Sinos, o que deteriora a qualidade da água. Somado a isso, muitas casas não possuem fossa e filtro, descartando diretamente o esgoto doméstico nas águas dos arroios”, alerta Lüders. Outra sugestão para o dia a dia é não jogar o óleo de cozinha na pia, vaso sanitário ou tanque de lavar roupas.
Os conteúdos da Semana da Água são produzidos pelo Grupo Sinos 360 e têm o oferecimento de Agesan/RS e Comusa.
Por Marcelo Kenne Vicente
Toda a discussão sobre acesso, conservação e qualidade da água acaba incluindo a questão do esgotamento sanitário. Problema enfrentado em todo o mundo e, como não poderia deixar de ser, um desafio no Brasil onde 49% do esgoto não é tratado, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2021).
Há a expectativa de que ocorra uma melhora no País com a Lei 14.026/2020, que atualiza o marco legal do saneamento básico e define que, até 2033, 90% da população tenha acesso à coleta e tratamento de esgoto. “Quando não temos um sistema adequado, estamos contribuindo para a poluição dos nossos mananciais, mas também para uma série de consequências negativas à saúde das pessoas, como aumento do número de internações por doenças diarreicas”, explica André Machado, gerente de Relações Institucionais e Comunicação do Instituto Trata Brasil (ITT).
Isso influencia, por exemplo, no desempenho escolar das crianças, devido à ausência causada por enfermidades, e a produtividade dos trabalhadores, que também precisam faltar ao trabalho. De acordo com Machado, existem outros impactos: “Em um estudo realizado pelo ITT sobre avanços no saneamento até 2040, o Brasil pode gerar R$ 1,4 trilhão em benefícios socioeconômicos, devido a melhor qualidade de vida da população, potencial turístico e valorização imobiliária”.
Em Novo Hamburgo, a Comusa - Serviços de Água e Esgoto tem realizado uma série de investimentos no sentido de aumentar os percentuais de esgotamento sanitário no município, segundo afirma o vice-prefeito e diretor-geral da autarquia, Márcio Lüders. “Já atingimos as metas do marco do saneamento no quesito abastecimento de água tratada, atingindo 98% de toda a cidade, substituindo mais da metade dos 900 quilômetros de redes de ferro e fibrocimento antigas”, informa Lüders. Na parte de tratamento de esgoto, ele explica, hoje alcança 8% de toda a população. “Com a primeira fase da ETE Luiz Rau, passará a tratar 50%. Quando finalizada, mais de 80% de todo o esgoto de Novo Hamburgo será tratado”, acrescenta. Ele ressalta os investimentos feitos nessa estação, R$ 64 milhões, e na ETE Vila Palmeira (R$ 5,1 milhões) e ETE Roselândia (R$ 12 milhões).
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O diretor-geral reforça as atitudes da população que geram consequências em relação à qualidade da água que é captada e tratada pelos serviços de saneamento. “Descarte irregular de lixo, móveis e restos de obras vão sempre parar no Rio dos Sinos, o que deteriora a qualidade da água. Somado a isso, muitas casas não possuem fossa e filtro, descartando diretamente o esgoto doméstico nas águas dos arroios”, alerta Lüders. Outra sugestão para o dia a dia é não jogar o óleo de cozinha na pia, vaso sanitário ou tanque de lavar roupas.
Os conteúdos da Semana da Água são produzidos pelo Grupo Sinos 360 e têm o oferecimento de Agesan/RS e Comusa.
Toda a discussão sobre acesso, conservação e qualidade da água acaba incluindo a questão do esgotamento sanitário. Problema enfrentado em todo o mundo e, como não poderia deixar de ser, um desafio no Brasil onde 49% do esgoto não é tratado, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2021).