O júri que condenou Adriana Guinthner pela morte do companheiro Paulo Cesar Ruschel, iniciado por volta das 10 horas da segunda-feira (30), tinha previsão de término na madrugada desta terça (31). Mas os depoimentos das dez testemunhas, alguns interrompidos por ásperas discussões entre acusação e defesa, demoraram além do esperado.
A SURPRESA DA JUÍZA AO DAR A SENTENÇA DO CASO RUSCHEL
Assim, a juíza Anna Schuh decidiu pela interrupção, por volta das 23h30 do primeiro dia, com retomada marcada para a manhã seguinte, nesta terça, às 9 horas. Como os jurados devem ficar incomunicáveis, foi necessário providenciar hospedagem. O Tribunal de Justiça liberou verba de urgência para o hotel com menor preço dos três orçados, situado na Rua Joaquim Nabuco, e os sete foram levados de van.
Não podia ser quarto individual, pois em cada apartamento ficou um oficial de Justiça para fiscalizar o isolamento dos jurados, que eram proibidos, por exemplo, de assistir televisão e acessar a internet. A hospedagem teve custo total de R$ 1 mil, com café da manhã.
Entenda o Caso Ruschel
- Paulo Cesar Ruschel, 48 anos, foi morto com dois tiros na cabeça e um no tórax por volta das 2 horas de 22 outubro de 2006. Ele dormia quando uma pessoa entrou no quarto e disparou.
- O homicídio aconteceu na residência onde o casal morava, na Avenida Pedro Adams Filho, bairro Pátria Nova, em Novo Hamburgo. Poucos dias depois, policiais civis e peritos fizeram a reconstituição do crime, com a participação da companheira, a principal suspeita, e apontaram contradições dela.
- Adriana Guinthner, na época com 36 anos, foi presa na tarde de 8 de novembro ao sair da Prefeitura de Novo Hamburgo, onde trabalhava. Seis dias depois, ganhou habeas corpus e passou a responder em liberdade. Nesta terça-feira foi condenada e saiu presa do fórum.
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