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CASO RUSCHEL

ESCRIVÃO ASSASSINADO: Jurados tiveram que dormir em hotel sob vigilância de oficiais de Justiça

Medida foi tomada porque julgamento de Adriana Guinthner demorou mais que o esperado e terminou só na noite desta terça-feira

Publicado em: 01/11/2023 às 00h:38
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O júri que condenou Adriana Guinthner pela morte do companheiro Paulo Cesar Ruschel, iniciado por volta das 10 horas da segunda-feira (30), tinha previsão de término na madrugada desta terça (31). Mas os depoimentos das dez testemunhas, alguns interrompidos por ásperas discussões entre acusação e defesa, demoraram além do esperado.

A SURPRESA DA JUÍZA AO DAR A SENTENÇA DO CASO RUSCHEL

Movimentação no salão do júri do fórum de Novo Hamburgo no fim da noite de segunda | Jornal NH



Movimentação no salão do júri do fórum de Novo Hamburgo no fim da noite de segunda

Foto: Igor Müller/GES-Especial

Assim, a juíza Anna Schuh decidiu pela interrupção, por volta das 23h30 do primeiro dia, com retomada marcada para a manhã seguinte, nesta terça, às 9 horas. Como os jurados devem ficar incomunicáveis, foi necessário providenciar hospedagem. O Tribunal de Justiça liberou verba de urgência para o hotel com menor preço dos três orçados, situado na Rua Joaquim Nabuco, e os sete foram levados de van.

Ruschel e Adriana viviam juntos em 2006 no bairro Pátria Nova | Jornal NH



Ruschel e Adriana viviam juntos em 2006 no bairro Pátria Nova

Foto: Arquivo-GES

Não podia ser quarto individual, pois em cada apartamento ficou um oficial de Justiça para fiscalizar o isolamento dos jurados, que eram proibidos, por exemplo, de assistir televisão e acessar a internet. A hospedagem teve custo total de R$ 1 mil, com café da manhã.

Entenda o Caso Ruschel

  • Paulo Cesar Ruschel, 48 anos, foi morto com dois tiros na cabeça e um no tórax por volta das 2 horas de 22 outubro de 2006. Ele dormia quando uma pessoa entrou no quarto e disparou.
  • O homicídio aconteceu na residência onde o casal morava, na Avenida Pedro Adams Filho, bairro Pátria Nova, em Novo Hamburgo. Poucos dias depois, policiais civis e peritos fizeram a reconstituição do crime, com a participação da companheira, a principal suspeita, e apontaram contradições dela.
  • Adriana Guinthner, na época com 36 anos, foi presa na tarde de 8 de novembro ao sair da Prefeitura de Novo Hamburgo, onde trabalhava. Seis dias depois, ganhou habeas corpus e passou a responder em liberdade. Nesta terça-feira foi condenada e saiu presa do fórum.
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