RECONHECIMENTO

Escritora de Canela recebe prêmio nacional com obra que é contada sob o olhar de criança com espectro autista

Ana Fonseca já possui oito livros infantis lançados, como Gralha Azul: uma História dos Antigos Kaingang, premiado duas vezes

Publicado em: 22/11/2024 16:44
Última atualização: 22/11/2024 16:44

 A escritora de Canela Ana Fonseca recebeu na última semana, na segunda-feira, dia 11, um importante prêmio nacional de literatura infantil, que avalia livros inéditos. Com a obra Melro D’Água, a autora foi a vencedora do Terceiro Prêmio Nelly Novaes Coelho, organizado pelo Grupo de Pesquisa Produções Literárias e Culturais para Crianças e Jovens da USP e pela União Brasileira de Escritores (UBE).

Ana Fonseca venceu prêmio com obra inédita Foto: Arquivo pessoal

“Há algumas semanas divulgaram a lista dos dez finalistas. Na cerimônia de premiação, todos foram chamados ao palco. E lá, na hora, soubemos que havia vencido. Eu venci! Fiquei emocionadíssima, mal sabia o que dizer na hora, as palavras fugiram da escritora”, conta.

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Fonseca já possui oito livros infantis lançados, como Lola e os Pássaros e A Araucária e a Gralha Azul: uma História dos Antigos Kaingang - este, premiado por duas vezes, uma com o selo de altamente recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, e o troféu Carlos Urbim, da Academia Rio-Grandense de Letras. Já com Lola Late, foi finalista do Prêmio Minuano de Literatura.

“Receber um prêmio literário é sempre uma satisfação, pois eles indicam que outras pessoas estão gostando do que eu escrevo. Escritoras e escritores escrevem para si. Escrever, para mim, é uma necessidade”, diz.

Sobre a obra

Melro D’Água ainda não foi lançada, mas será em alguns meses. A sinopse trata de uma pré- -adolescente autista, que está a caminho da nova escola com a mãe. Trata-se do primeiro dia de aula. “A viagem é longa e demora ainda mais porque está chovendo. Durante o trajeto, a jovem fica em um fluxo de pensamento que mistura a maneira como disseram que ela deveria se comportar, acontecimentos de sua vida, fatos históricos e seu hiperfoco em pássaros”, revela a autora.

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Segundo Ana, o interessante não é apenas o tema, que aborda a neurodiversidade, mas, especialmente, a maneira como a história é contada, seguindo o pensamento de uma pessoa que possui espectro autista.

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