Durante o verão, é comum que pragas apareçam nas casas e em outros locais urbanos. Um dos animais que mais visitam os lares da região é o escorpião. Como o preto, que apareceu em uma residência no bairro Farroupilha, em Ivoti, neste ano, de acordo com a bióloga Sarah Peixe.
A bióloga afirma que o escorpião-preto (Bothriurus bonariensis) é o mais comum no Estado, assim como em Santa Catarina. Eles possuem uma coloração preta ou marrom e também podem ter corpo escuro com patas marrons, podendo medir até 6 centímetros.
Ele é considerado inofensivo e não agressivo. Apesar de ser venenoso, “o veneno é considerado de baixa toxicidade, e o principal sintoma é dor local, podendo ocorrer reações alérgicas”, explica Sarah.
O que fazer caso encontre um escorpião-preto
Se encontrar um escorpião, é importante não matá-lo. O recomendado pela bióloga é removê-lo com segurança para outro local. Isso, pois “ele está causando um equilíbrio biológico ao se alimentar de insetos provavelmente encontrados em abundância no local”.
Ele pode ser inofensivo, mas há outros que aparecem no Estado e que causam risco à saúde.
Os mais encontrados no Rio Grande do Sul são:
- Escorpião-preto (Bothriurus bonariensis)
- Escorpião manchado (Tityus costatus)
- Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus)
O escorpião-manchado não é tão comum no RS, mas ainda assim aparece. Com o corpo escuro, a cauda e as patas são marrons, ele é mais comum em áreas de mata, surgindo em locais com acúmulo de materiais de construção e entulho.
Já o escorpião-amarelo, por exemplo, é agressivo. Em fevereiro de 2023, mais de 100 foram capturados em Sapucaia do Sul, e uma pessoa foi picada em Esteio em dezembro.
A coloração é castanha com patas e caudas amarelas e, apesar de exótico no RS, acaba entrando no Brasil em cargas de frutas ou madeira, por exemplo. “Considerado o mais venenoso do mundo, é o escorpião causador de acidentes graves, principalmente em Minas Gerais”, explica.
O veneno age muito rápido e é forte, causando uma dor intensa que se irradia por todo o corpo. Por ser neurotóxico, atinge especialmente o sistema nervoso. “Pode causar a morte por asfixia, pois os comandos que controlam a respiração ficam bloqueados”, afirma a bióloga.
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Crianças e idosos são os mais vulneráveis às picadas e o único antídoto é o anti-escorpiônico, disponível em todas as regiões do Estado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES).
O que fazer se encontrar um escorpião-amarelo:
- Lavar o local da picada com água e sabão;
- Manter o local da picada voltado para cima;
- Não cortar, furar ou apertar o local da picada;
- Beber bastante água;
- Dirigir-se, imediatamente, ao serviço de saúde mais próximo;
- Sempre que possível levar o escorpião junto.
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