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Escorpião amarelo pica morador de cidade da região; saiba como se proteger

Animal foi encontrado na casa da vítima nesta semana

Publicado em: 20/12/2023 10:30
Última atualização: 13/02/2024 15:10
A Vigilância em Saúde de Esteio informou na terça-feira (19) que foi registrada a ocorrência do escorpião amarelo (Tityus serrulatus) no município. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os animais foram encontrados na tarde de segunda-feira (18), em uma residência na Rua Parobé, no Centro, depois de um morador ter sido picado e receber atendimento no Hospital São Camilo.
Em caso de picada, deve-se procurar o Hospital São Camilo o mais breve possível Foto: Divulgação
Desde 2001, escorpiões amarelos têm sido localizados na região, e acidentes causados por sua picada, registrados na rede de saúde. A secretaria informa ainda que em caso de picada, deve-se procurar o Hospital São Camilo o mais breve possível, onde há soro disponível para tratamento. Em nota técnica expedida pela Vigilância em saúde do município, as evidências indicam que “o animal chegou à Capital em caminhões de hortifrutigranjeiros vindos do Sudeste do País, especialmente de Minas Gerais, que se dirigiam à Ceasa. Desde então, a população desse artrópode só cresce, estando presente na região”. A nota informa, ainda, que a ocorrência deste tipo de escorpião apresenta importância em saúde pública, pois pode causar quadros clínicos graves, em alguns casos fatais, especialmente em crianças, idosos e imunodeprimidos.

Habitat

O documento destaca que o habitat do escorpião amarelo consiste em locais escuros e frescos, frestas de paredes, pedaços de madeira, restos de materiais de construção, tijolos e caliça empilhados, entulhos. Também são encontrados em esgotos, ralos, caixas de gordura, encanamentos de luz e telefone, caixas com verduras, legumes e frutas, roupas, calçados, cama, travesseiros, cortinas. Sua principal fonte de alimentação são as baratas. A nota expedida pelo setor de Vigilância em Saúde, também informa sobre a reprodução desses animais. Ela ocorre, em média, duas vezes por ano, dando origem a 20 filhotes por vez, chegando a 160 filhotes durante a vida. “Só existem fêmeas e todo indivíduo adulto tem filhotes sem a necessidade de acasalamento. Este fenômeno, aliado a facilidade de adaptação a qualquer ambiente favorece sua dispersão; uma vez transportado de um local a outro (introdução passiva), instala-se e se prolifera com muita rapidez”, diz a nota.

Como evitar acidentes

  • Verifique calçados, vestuário, toalhas e roupas de cama antes de utilizá-los;
  • Não deixe roupas no chão;
  • Mantenha os ambientes das residências limpos, sem entulho e lixo, inclusive os terrenos baldios;
  • Mantenha resíduos (lixo) bem acondicionados em recipientes bem fechados;
  • Evite queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões;
  • Remova folhagens, arbustos e trepadeiras junto às paredes externas e muros;
  • Mantenha limpos caixas de gordura, ralos de banheiro e de cozinha;
  • Tape frestas nas paredes, móveis e rodapés de maneira para que não possam servir de abrigo aos escorpiões;
  • Mantenha camas e berços afastados das paredes;
  • Evite encostar lençóis no chão;
  • Use telas em aberturas de ralos, pias e tanques;
  • Mantenha fossas sépticas bem vedadas, para evitar a passagem de baratas e escorpiões;
  • Controle infestações de baratas, eliminando assim a principal fonte de alimento;
  • Vede soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha;
  • Vede as frestas de janelas e coloque telas;
  • Reboque paredes e muros, eliminando as frestas;
  • Mantenha todos os pontos de luz e telefone bem fechados;
  • Usar luvas grossas, de raspa de couro ou similar durante a manipulação de caixas com frutas e verduras, materiais de construção, transporte de lenha, madeira, e pedras em geral.

 Em caso de picada de escorpião, os primeiros socorros são:

  • Lavar o local da picada com água e sabão;
  • Manter o local da picada elevado, para evitar o inchaço e diminuir a dor;
  • Não cortar, furar ou apertar o local da picada;
  • Beber bastante água;
  • Dirigir-se, imediatamente, à emergência da Fundação de Saúde Pública São Camilo de Esteio (FSPSCE).
  • Para assistência a esses casos, o Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul (CIT) pode ser acionado pela população para mais informações. O CIT atende 24 horas pelo telefone 0800 721 3000.
  • No caso de visualização do escorpião amarelo a recomendação é evitar o contato e informar a localização através do telefone (51) 3433-8401. Se possível, o morador também pode fotografá-lo e comunicar a Secretaria da Saúde.
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