REGIÃO
Escolas da região na espera por melhorias do Estado
Instituições de São Leopoldo e Capela de Santana estão entre as que precisam de reformas e obras
Última atualização: 26/03/2024 17:28
A interdição, no início deste mês, da Escola Estadual Professor Victor Becker, na Vila Glória, no bairro Scharlau, em São Leopoldo, trouxe à tona um problema enfrentado também por outras instituições de ensino na região: a longa espera por reformas e melhorias emergenciais que devem ser feitas pelo Estado.
Na Victor Becker, bombeiros notificaram o educandário pela falta de Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) e por o local apresentar risco de incêndio e desmoronamento. Desde então, os mais de 480 alunos do 1º ano do Ensino Fundamental ao 3º do Ensino Médio foram realocados em outras escolas dos bairros Scharlau, Campina e Fião.
Em nota, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informou que os engenheiros da Secretaria de Obras Públicas (SOP) estiveram no local para uma vistoria e que foram constatados reparos necessários na parte elétrica e redistribuição de equipamentos de proteção contra incêndio para permitir uma possível desinterdição parcial do prédio.
"Esta desinterdição está sendo coordenada pelo Ministério Público. Os reparos deverão ser realizados sob coordenação da SOP via repasse de recursos do Agiliza", diz o texto, sem precisar valores que deverão ser investidos nas melhorias, nem o retorno dos alunos à escola.
Soluções
A Escola Estadual Emílio Sander, no Arroio da Manteiga, também aguarda por soluções para melhor atender os mais de mil alunos do Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Há nove anos, a escola espera por reforma na rede elétrica e, desde o ano passado, pelo conserto do oitão do prédio, que caiu em outubro de 2022. Com a queda do oitão, a pracinha e um banheiro foram danificados.
Para amenizar a situação para os estudantes, o conserto do banheiro foi feito graças à organização dos pais e da direção da escola.
"O CPM (Círculo de Pais e Mestres) fez rifa para consertar o telhado e eu trouxe um vaso e uma pia que tinha em casa. Assim reformamos o banheiro que é usado pelos pequenos, do 1º ao 5º ano", explica a diretora Hilde Buhler.
"Vivemos uma apreensão a cada dia"
Segundo Hilde, a preocupação maior, agora, é com a possibilidade de infiltrações em dias de chuva. “Vivemos uma apreensão a cada dia, sem saber como proceder”, desabafa. Com relação à rede elétrica, Hilde explica que o problema são as recorrentes quedas de energia.
“Nossa rede não tem alta tensão. Por isso, seguidamente temos sobrecarga e não conseguimos usar ventiladores e computadores que precisamos. Temos cinco salas de polietileno, que é um material tóxico e inflamável e por isso redobramos os cuidados. Nosso maior receio é que a escola acabe sendo interditada também”, destaca.
Sobre a Emílio Sander, a Seduc informou, na nota, que a reforma da cobertura da instituição de ensino está orçada em cerca de R$ 175 mil. “O processo tramita na Secretaria de Obras Públicas (SOP) e está em fase de validação do projeto. Posteriormente será feita a contratação da empresa responsável e a execução do serviço. Já quanto à reforma elétrica, a Seduc informa que já foi realizada a vistoria, pela 2ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop), para o levantamento das necessidades da instituição de ensino”, diz o texto.
Expectativa é de obras em Capela
Em Capela de Santana, a expectativa é de começo de solução para um problema que já se arrasta há uma década. Em 2013, a sede do Instituto Estadual Manoel de Almeida Ramos foi desativada, pois engenheiros da Secretaria de Obras da Seduc avaliaram que a escola não tinha condições de funcionar por apresentar riscos aos estudantes e educadores.
Dentre os problemas apontados pela equipe técnica estavam fios desencapados, telhado quebrado, paredes com risco de desabamento e piso cedendo. Além disso, há oito anos a estrutura da escola fica no porão da paróquia da cidade. O aluguel do local custa aos cofres do Estado, cerca de R$ 6 mil por mês.
Com mais de 80 anos, a única instituição de Ensino Médio da cidade deverá ter, finalmente, sua nova sede. De acordo com a Seduc, o processo para a construção do prédio da escola está em fase de licitação dos projetos executivos e já tem uma empresa vencedora. O nome da empresa, no entanto, não foi informado. A reportagem tentou contato com a direção da escola, mas não obteve retorno.
Caravana do Cpers denunciou
No ano passado, o Cpers Sindicato fez uma caravana pelo Estado denunciando as condições precárias em muitas escolas, entre elas a instalação da escola capelense no porão da igreja.
“Verificamos no presente ano, que o quadro é praticamente o mesmo. O governo promete, mas não faz as reformas necessárias, ocasionando problemas graves no andamento do ano letivo. Desde risco por falta de manutenção na estrutura física, até a interdição de escolas, obrigando transferência de alunos para outros estabelecimentos de ensino, distantes de suas escolas de origem e de suas moradias”, comenta o diretor-geral do 14º Núcleo Cpers, Luiz Henrique Becker.
A interdição, no início deste mês, da Escola Estadual Professor Victor Becker, na Vila Glória, no bairro Scharlau, em São Leopoldo, trouxe à tona um problema enfrentado também por outras instituições de ensino na região: a longa espera por reformas e melhorias emergenciais que devem ser feitas pelo Estado.
Na Victor Becker, bombeiros notificaram o educandário pela falta de Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) e por o local apresentar risco de incêndio e desmoronamento. Desde então, os mais de 480 alunos do 1º ano do Ensino Fundamental ao 3º do Ensino Médio foram realocados em outras escolas dos bairros Scharlau, Campina e Fião.
Em nota, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informou que os engenheiros da Secretaria de Obras Públicas (SOP) estiveram no local para uma vistoria e que foram constatados reparos necessários na parte elétrica e redistribuição de equipamentos de proteção contra incêndio para permitir uma possível desinterdição parcial do prédio.
"Esta desinterdição está sendo coordenada pelo Ministério Público. Os reparos deverão ser realizados sob coordenação da SOP via repasse de recursos do Agiliza", diz o texto, sem precisar valores que deverão ser investidos nas melhorias, nem o retorno dos alunos à escola.
Soluções
A Escola Estadual Emílio Sander, no Arroio da Manteiga, também aguarda por soluções para melhor atender os mais de mil alunos do Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Há nove anos, a escola espera por reforma na rede elétrica e, desde o ano passado, pelo conserto do oitão do prédio, que caiu em outubro de 2022. Com a queda do oitão, a pracinha e um banheiro foram danificados.
Para amenizar a situação para os estudantes, o conserto do banheiro foi feito graças à organização dos pais e da direção da escola.
"O CPM (Círculo de Pais e Mestres) fez rifa para consertar o telhado e eu trouxe um vaso e uma pia que tinha em casa. Assim reformamos o banheiro que é usado pelos pequenos, do 1º ao 5º ano", explica a diretora Hilde Buhler.
"Vivemos uma apreensão a cada dia"
Segundo Hilde, a preocupação maior, agora, é com a possibilidade de infiltrações em dias de chuva. “Vivemos uma apreensão a cada dia, sem saber como proceder”, desabafa. Com relação à rede elétrica, Hilde explica que o problema são as recorrentes quedas de energia.
“Nossa rede não tem alta tensão. Por isso, seguidamente temos sobrecarga e não conseguimos usar ventiladores e computadores que precisamos. Temos cinco salas de polietileno, que é um material tóxico e inflamável e por isso redobramos os cuidados. Nosso maior receio é que a escola acabe sendo interditada também”, destaca.
Sobre a Emílio Sander, a Seduc informou, na nota, que a reforma da cobertura da instituição de ensino está orçada em cerca de R$ 175 mil. “O processo tramita na Secretaria de Obras Públicas (SOP) e está em fase de validação do projeto. Posteriormente será feita a contratação da empresa responsável e a execução do serviço. Já quanto à reforma elétrica, a Seduc informa que já foi realizada a vistoria, pela 2ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (Crop), para o levantamento das necessidades da instituição de ensino”, diz o texto.
Expectativa é de obras em Capela
Em Capela de Santana, a expectativa é de começo de solução para um problema que já se arrasta há uma década. Em 2013, a sede do Instituto Estadual Manoel de Almeida Ramos foi desativada, pois engenheiros da Secretaria de Obras da Seduc avaliaram que a escola não tinha condições de funcionar por apresentar riscos aos estudantes e educadores.
Dentre os problemas apontados pela equipe técnica estavam fios desencapados, telhado quebrado, paredes com risco de desabamento e piso cedendo. Além disso, há oito anos a estrutura da escola fica no porão da paróquia da cidade. O aluguel do local custa aos cofres do Estado, cerca de R$ 6 mil por mês.
Com mais de 80 anos, a única instituição de Ensino Médio da cidade deverá ter, finalmente, sua nova sede. De acordo com a Seduc, o processo para a construção do prédio da escola está em fase de licitação dos projetos executivos e já tem uma empresa vencedora. O nome da empresa, no entanto, não foi informado. A reportagem tentou contato com a direção da escola, mas não obteve retorno.
Caravana do Cpers denunciou
No ano passado, o Cpers Sindicato fez uma caravana pelo Estado denunciando as condições precárias em muitas escolas, entre elas a instalação da escola capelense no porão da igreja.
“Verificamos no presente ano, que o quadro é praticamente o mesmo. O governo promete, mas não faz as reformas necessárias, ocasionando problemas graves no andamento do ano letivo. Desde risco por falta de manutenção na estrutura física, até a interdição de escolas, obrigando transferência de alunos para outros estabelecimentos de ensino, distantes de suas escolas de origem e de suas moradias”, comenta o diretor-geral do 14º Núcleo Cpers, Luiz Henrique Becker.