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Insegurança

"Ouvimos ela gritando por ajuda": Moradores falam sobre acidentes em escadaria que desmoronou em Novo Hamburgo

Entre os feridos em acidentes na escadaria, estão idosa que caiu em buraco e mulher que escorregou e machucou a bacia

Dário Gonçalves
Publicado em: 21/02/2024 às 09h:54 Última atualização: 21/02/2024 às 11h:14
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No bairro Guarani, em Novo Hamburgo, uma escadaria une as ruas Silveira Martins e Júlio Adams. O caminho, que também é usado por estudantes do Colégio Estadual Dr. Wolfram Metzler, há 250 metros da escadaria, encurta para apenas 70 metros uma caminhada lomba acima em torno de meio quilômetro.

Morador precisa de muito cuidado ao passar pelo local | abc+



Morador precisa de muito cuidado ao passar pelo local

Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Contudo, atualmente um trecho desta escada está completamente destruído por conta das chuvas, em especial, desde janeiro, quando uma erosão aumentou os estragos.

Quem se arrisca a passar, precisa fazer isso com todo o cuidado para evitar acidentes e, muitas vezes, atravessar torna-se a única opção para quem já iniciou a descida. Isso porque, quem acessa a escadaria pela parte de cima, na Rua Júlio Adams, não consegue enxergar o cenário em ruínas.

Luiz Otávio, de 42 anos, mora no bairro Jardim Mauá, próximo dali, mas diariamente utiliza a escadaria para ir e voltar do trabalho. “Tornou-se muito perigoso passar por aqui, precisamos caminhar se equilibrando no que ainda está de pé e não há nada sinalizando que há essa cratera ou interditando o caminho”, comenta.

Residente do bairro Guarani, João Oscar da Silva já abriu pelo menos dois protocolos junto à Prefeitura pedindo por intervenções, mas, segundo ele, a secretaria de Obras não deu previsão de conserto e há falta de funcionários.

“Dezenas de crianças passavam por aqui, mas agora não tem como. É uma vergonha e a cada dia piora mais, alguma coisa precisa ser feita antes que alguém se machuque”, reclama.



Acidentes

Ao lado da escadaria, mora o casal Kátia e Luiz Wiltgen. Ela conta que a erosão do caminho já levou parte de seu muro e ela teme que um deslizamento maior ocorra. “Atrás da minha casa tem uma outra casa, que eu alugo. E a locatária me chamou porque tinha aberto um buraco na lateral com esses desmoronamentos”, explica Kátia.

Para tentar conter a água “que corre como uma cascata em dias de chuva” e evitar que aumente o buraco junto ao muro, o marido concretou algumas pedras na tentativa de fazer o fluxo desaguar mais à frente.

Há alguns dias, conta a moradora, uma idosa caiu no buraco e não conseguiu sair sozinha. “Nós estávamos dentro de casa e ouvimos ela gritando por ajuda. Então saímos e fomos socorrê-la. Nesta segunda (19) mesmo, uma outra moça escorregou e machucou a bacia”, lamenta Kátia.



Em resposta na manhã desta quarta-feira (21), a Secretaria de Obras Públicas, Serviços Urbanos e Viários (Semopsu), por meio da Diretoria de Esgotos Pluviais, disse que “irá ao local analisar a demanda apresentada”.

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