Chegou ao fim no último domingo (19), em Santa Cruz do Sul, a 33ª edição da Festa Campeira do Rio Grande do Sul (Fecars). Considerada a maior celebração campeira do Estado, o festejo reuniu mais de três mil competidores de toda a querência. Dentre os participantes, 47 pessoas saíram de Canoas, Esteio, Nova Santa Rita, São Leopoldo e Sapucaia do Sul, representando a 12ª Região Tradicionalista.
Com a entrada gratuita no Parque de Eventos, cerca de 30 mil pessoas compareceram para acompanhar as 22 modalidades de disputas individuais, duplas e em equipe. A principal prova foi o tiro de laço. Ao final do evento, de acordo com o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), foram contabilizadas mais de 10 mil armadas (arremessos) de laço. Outra atração foi a arrecadação de tampinhas de garrafa pet, com o objetivo de ajudar a ONG Cavalo de Lata, que cuida de cavalos resgatados, além de prestar auxílio a famílias de carroceiros.
Destaques da 12 ª região
De acordo com Igor Scherdien, diretor Campeiro e um dos representantes da 12ª região, a edição deste ano superou as expectativas. “Muitas pessoas circularam pelo parque. Nossos objetivos também foram alcançados. Principalmente a união e a amizade entre os participantes do nosso grupo, como uma família mesmo.” Inclusive, muitos familiares se fizeram presentes na caravana. “Os competidores vieram com as famílias, isso nos dá mais força para seguir trabalhando.”
E conforme Igor, não foi apenas a união que prevaleceu na equipe da 12ª RT, as vitórias e premiações também estiveram presentes na comitiva. Um dos troféus ficou com a pequena Maria Clara Ribeiro, 10 anos. Ela competiu na categoria vaca parada, prendinha individual. Esse não foi o único prêmio conquistado pela gauchinha, que ao lado da amiga Júlia Batista, 8 anos, levou o 2º lugar na mesma categoria.
Laço inclusivo também premiado
Disputado na quinta-feira (16), a categoria laço inclusivo foi uma novidade na edição deste ano do evento. Foram 22 participantes no total, com deficiência intelectual ou física. Destes, dois competidores representaram a 12ª RT, João Carlos Pereira, 35 anos e Lucas Dutra, 13 anos. “Foi muito importante ter essa representatividade”, garante o diretor Campeiro.
De acordo com Igor, João tem uma deficiência intelectual, enquanto Lucas é deficiente físico. “Eles foram ótimos, por isso receberam o reconhecimento da organização e do MTG. Além de ser importante para nossa equipe, também acaba valorizando os competidores a continuar se esforçando para melhorar cada vez mais.”
O MTG inclusive conta com o Departamento de Inclusão, que tem como objetivo tornar tornar o movimento tradicionalista mais acolhedor, inclusivo e propositivo em pautas pertinentes.
LEIA TAMBÉM