ATINGIDOS PELA CHEIA
ENCHENTE: Um dos primeiros edifícios de cidade do RS será destinado para vítimas de ciclone
Condomínio popular será construído em área pública onde hoje tem uma plantação de aipim
Última atualização: 03/01/2024 20:01
Lindolfo Collor é um dos municípios contemplados pelo Governo Federal e irá receber recursos para a construção de 50 unidades habitacionais populares pelo programa Minha Casa Minha Vida. As moradias serão prioritariamente destinadas às famílias inscritas no CadÚnico que residem em áreas de risco e que constantemente sofrem com a cheia do Arroio Feitoria, que atravessa a cidade.
De acordo com o prefeito Gaspar Behne, a confirmação da destinação do recurso aconteceu no final do ano passado. O credenciamento ocorreu alguns meses antes, em julho. “Recebemos o sinal verde na segunda quinzena de novembro e imediatamente iniciamos o processo de envio da documentação necessária para a liberação do dinheiro”, explica. A próxima fase será a elaboração do projeto habitacional e a licitação da obra. “Essa segunda etapa deve estar concluída até o mês que vem”, expõe a secretária de Administração, Ana Paula Oliveira.
Ainda de acordo com Ana Paula, o Governo Federal deve investir em torno de R$ 8,5 milhões para a construção de unidades habitacionais populares em Lindolfo Collor. “O edital do qual fomos habilitados prevê a destinação de R$ 170 mil para a construção de cada unidade. A nossa contrapartida foi destinar uma área de terra, onde este condomínio será erguido”, detalha.
A administração pode escolher entre construir casas ou apartamentos, e decidiu pela segunda opção. Com o projeto concretizado, esse será um dos primeiros edifícios residenciais de Lindolfo Collor.
Critérios serão definidos, mas área de terra já está escolhida
Os critérios que irão definir os moradores beneficiados serão estabelecidos em edital ainda neste mês. “O que podemos garantir é que a prioridade será para o povo ribeirinho, que foi atingido pelo ciclone de junho [de 2023]. Foi por conta deste episódio que fomos contemplados com essas moradias”, avisa Behne.
O que também não está confirmado é quanto os moradores beneficiados terão que desembolsar em contrapartida. “Nossa expectativa é de que o governo isente de qualquer pagamento aquelas famílias inscritas no CadÚnico, mas só vamos saber disso após o encaminhamento de toda documentação”, coloca.
Em compensação, a prefeitura já escolheu a área de terra onde irá construir o complexo habitacional. Segundo o prefeito, o condomínio popular será erguido na Rua Olavo Bilac, no Loteamento Sol Nascente, no bairro Boa Vista. Este é o primeiro bairro para quem chega a Lindolfo Collor vindo por Ivoti.
Hoje, essa área pública está, em parte, tomada por mato, e em outra parte, por uma plantação de aipim. “Só não definimos, ainda, se serão edifícios de dois ou três andares, nem a quantidade de blocos que teremos. Tudo isso fica pra segunda etapa, quando vamos definir o modelo de estrutura, a metragem de cada apartamento, entre outros detalhes”.