RECONSTRUÇÃO

ENCHENTE: Municípios do Paranhana decretam situação de emergência e contabilizam prejuízos

Somadas, Igrejinha, Parobé, Rolante, Riozinho, Taquara e Três Coroas estimam mais de R$ 23 milhões em perdas

Publicado em: 21/11/2023 22:00
Última atualização: 22/11/2023 13:01

As fortes chuvas da última sexta-feira (17) e sábado (18) atingiram milhares de pessoas no Vale do Paranhana com as cheias, principalmente, dos Rios Paranhana e dos Sinos. Com grande parte dos municípios debaixo d’água, as Prefeituras decretaram situação de emergência e somam milhões de reais em prejuízos.

Transbordo do Rio Paranhana, em Parobé Foto: Prefeitura de Parobé

Em Taquara, a elevação dos dois rios no final de semana atingiu 1.144 moradias e mais de 18.500 pessoas foram afetadas com os bloqueios de vias públicas e inundações. Os prejuízos somados, de acordo com o levantamento realizado pela Secretaria de Meio Ambiente, Defesa Civil e Causa Animal, é de R$ 4.663.705,12. Parte da Escola Estadual Hermínia Marques, no distrito de Rio da Ilha, também foi prejudicada, gerando um prejuízo de R$ 17 mil. Já na Escola Municipal Alipio Alfredo Sperp, que fica no bairro Santa Maria, próxima ao Rio Paranhana, todo o acervo da biblioteca foi perdido.

Em Rolante, a nova enchente causou mais de R$ 2 milhões de perdas em praticamente toda a área central e bairros adjacentes, conforme a Defesa Civil. Entre os estragos está a repavimentação de um trecho de aproximadamente 400 metros quadrados da Avenida Anexação, no bairro Rolantinho. O local havia sido concluído há poucas semanas, após ter sido destruído pela cheia dos rios Areia e Rolante, em setembro.

A pinguela sobre o Rio Rolante, que serve da Linha Reichert à área central, também foi levada pela correnteza. Transtornos também enfrentam os moradores da localidade de Maragatos, na zona rural. O principal acesso à região está interditado desde o final de semana, depois que uma encosta deslizou e interditou a estrada, deixando 50 famílias isoladas.

Na vizinha Riozinho, o decreto foi publicado ainda no sábado (18), mas os prejuízos não foram informados.

Prejuízo incalculável

Até a tarde de terça-feira (21), Três Coroas ainda não havia publicado o decreto de emergência, mas estava se organizando para isso. Conforme o coordenador da Defesa Civil, Augusto Dreher, 32 pessoas estão desabrigadas após perderem suas casas e não poderão retornar a elas, pois estavam em áreas de risco. Estas pessoas serão ajudadas a reconstruir seus lares em outros lugares e, por enquanto, receberão auxílio de aluguel social. Enquanto isto não ocorre, elas estão na casa de amigos ou familiares.

Aproximadamente 600 pessoas estiveram em três abrigos provisórios durante o final de semana, mas já voltaram para suas casas. Já em questão de prejuízos, os valores ainda são incalculáveis. “Ainda não temos estimativas porque a cada hora aparece uma surpresa, algo novo. Perdemos estradas, duas pontes, muita coisa na agricultura. Acredito que chegaremos em torno de R$ 15 milhões.”, explica Dreher.

Casas próximas ao Rio Paranhana foram destruídasSissa Felipetti/Prefeitura de Três Coroas
Casas foram destruídas em Três CoroasSissa Felipetti/Divulgação
Casas próximas ao Rio Paranhana foram destruídasSissa Felipetti/Prefeitura de Três Coroas
Casas próximas ao Rio Paranhana foram destruídasSissa Felipetti/Prefeitura de Três Coroas

Parobé contabiliza aproximadamente R$ 1.856.000,00 em prejuízos, sendo a maior parte, R$ 1.456.000,00, em casas atingidas pela enchente do Rio Paranhana. Os outros R$ 400 mil são de perdas em infraestrutura de estradas no interior e obras para refazer bueiros. Ao todo, 728 casas foram afetadas, ocasionando em 138 pessoas desabrigadas e mais de 3.500 desalojados. Trinta pessoas permaneciam no abrigo na tarde de terça.

Por fim, Igrejinha registrou mais de 5.200 imóveis atingidos, representando mais de 50% da zona urbana. Ainda no sábado (18), em torno de 100 pessoas foram encaminhadas a abrigos provisórios e mais de 500 buscaram alojamento em casas de amigos ou parentes.

No total, 13.128 pessoas foram afetadas. A cidade ainda avalia os danos na zona rural, especialmente na agricultura.

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