O avanço de uma frente fria que provocou temporal com vento de até 100 quilômetros por hora no fim da noite desta terça-feira (21) em Santana do Livramento trouxe chuva à Grande Porto Alegre na manhã desta quarta (22). Por volta das 10h30 choveu forte no eixo entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, provocando pontos de alagamento em alguns cruzamentos.
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Foto: Igor Müller/GES-Especial
Segundo a MetSul Meteorologia, até as 10 horas foram registradas rajadas de vento de 81 quilômetros por hora em Encruzilhada do Sul e 78 quilômetros por hora em Mostardas. Até este horário a chuva acumulada era de 63 milímetros em Bagé, 58 em Pedro Osório, 50 em Rio Grande e 40 em Pelotas.
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Somente entre o início da madrugada e as 10 horas desta quarta o Rio Grande do Sul registrou 23 mil raios, segundo a MetSul. Os municípios mais atingidos foram Dom Pedrito (3,4 mil), Lavras do Sul (3,2 mil) e Caçapava do Sul (2,3 mil). Ainda conforme a MetSul, uma área de instabilidade que se formou no norte gaúcho já provocou chuva também em Passo Fundo nesta manhã.
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A chuva vai alcançar todas as regiões do Rio Grande do Sul até o início da tarde. O risco de temporal é baixo, segundo a MetSul. Se ocorrer, será isolado. “Os volumes de chuva não devem ser suficientemente altos para gerar repique de cheia em bacias com níveis elevados”, destaca a MetSul.
Nível do Guaíba volta a subir em Porto Alegre
Embora a chuva tenha alcançado Porto Alegre e região metropolitana somente por volta das 10h30, ainda no início da manhã o nível do Guaíba estava subindo novamente. Segundo a MetSul, é consequência do vento sul que passou a atuar sobre a Lagoa dos Patos, gerando represamento da água.
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“Quando há vento soprando do quadrante sul sobre a lagoa, há efeito de empilhamento da água que dificulta o escoamento das águas do Guaíba para o sul, na direção da lagoa, que já está com seu nível muito alto e retarda o escoamento, com ou sem vento”, resume a MetSul.
Em episódios de vento sul muito forte a intenso, como ocorreu com um ciclone no final de setembro, no dia do pico da primeira grande enchente de 2023, o Guaíba é capaz de subir até meio metro em horas por conta da atuação do vento.
Desta vez, no entanto, o vento sul não tende a ser tão intenso quanto em setembro. Já começa a gerar aumento do nível que interrompeu trajetória de baixa, entretanto não soprará tão forte quanto em setembro porque a massa de ar mais frio ingressando não é tão forte e não há um ciclone.
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