Os transtornos causados pela sétima enchente do ano fez Campo Bom decretar situação de emergência. A decisão foi tomada no final da tarde desta terça-feira (21) e o documento deve ser publicado nesta quarta (22). Essa é a terceira vez no ano que o município decreta situação de emergência ou calamidade pública por problemas ocasionados pela cheia do Rio dos Sinos. A primeira vez aconteceu na enchente de junho e a segunda foi na cheia de setembro.
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O documento permite que os agentes da Defesa Civil tomem algumas medidas para evitar desastres, como a pronta evacuação de pessoas de áreas de risco e a utilização de espaços privados para suporte das equipes.
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A preocupação da Defesa Civil é com a forma lenta com que o rio está baixando. Mesmo sem chuva desde domingo (19), o nível do Sinos recuou pouco mais de 20 centímetros nas últimas 48 horas. “É muito pouco para quem trabalha com a previsão de mais chuva”, expõe Paulo Silveira, coordenador da Defesa Civil local. Silveira destaca que a expectativa fica para o volume de chuva nas cabeceiras do Sinos, na região do Vale do Paranhana. “Se lá para cima chover forte, vamos sofrer muito por aqui”, sinaliza.
Na última medição, o Rio dos Sinos estava com 7,34m na régua instalada na Barrinha. Campo Bom segue com 40 pessoas desabrigadas e 60 moradores desalojados. Os desabrigados estão desde o final de semana no ginásio municipal, onde têm todo apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social. Já os desalojados estão na casa de familiares.
Sapiranga segue com 32 pessoas desabrigadas
Moradores do bairro Porto Palmeira, única região que ainda sofre os impactos da última cheia do Rio dos Sinos, seguem abrigados nos dois locais estruturados pela prefeitura. Ainda são 32 pessoas desabrigadas no município desde o último final de semana. Embora não tenha régua para medir a evolução do nível do rio, a percepção é de que o Sinos recua lentamente.
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