O governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou na manhã desta quinta-feira (30), em encontro com editores e colunistas dos principais veículos de comunicação do Rio Grande do Sul, uma ferramenta de monitoramento de dados que está em fase final de preparação para auxiliar na agilização de políticas públicas aos atingidos pela catástrofe climática de maio.
Batizado de MUP/RS, o sistema deve ser liberado para acesso público nos próximos dias. Cruza imagens de satélite obtidas diariamente com diferentes bancos de dados, como do Censo do IBGE e Junta Comercial. Os dados estão sendo verificados pelo Estado e pelos municípios mais atingidos e já estão sendo compartilhados com o governo federal.
Por meio do cruzamento de dados, o Estado conseguiu mapear, por exemplo, a quantidade de pessoas e empresas diretamente atingidas pela enchente. A água alcançou 596,7 mil habitantes, o equivalente a 5,5% de toda a população gaúcha. O número de empresas impactadas diretamente pela água chegou a 115,9 mil, 6,6% do total de 1,76 milhão.
Por meio da ferramenta é possível dimensionar o impacto direto da enchente nas cidades mais atingidas. Eldorado do Sul lidera, com 80,8% da população atingida. Em segundo aparece Muçum, com 66,3%. Canoas foi o terceiro município com a população mais atingida (proporcionalmente), com 44% do total.
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Em quarto lugar está São Leopoldo, que teve 40,7% da população diretamente alcançada pela enchente. São Sebastião do Caí aparece em quinto, com 36,3% de habitantes impactados pela cheia do Rio Caí.
Outro dado que chama atenção é a dimensão da enchente sobre os negócios estabelecidos em Porto Alegre. Ao menos 42,4 mil CNPJs foram atingidos diretamente, o que representa 14,4% do total.
“Esta ferramenta nos permite mapear as áreas atingidas com maior agilidade e também acelerar o auxílio às pessoas. Já compartilhamos os dados com o governo federal para que os benefícios da União também cheguem o mais rápido possível às pessoas”, disse o governador Eduardo Leite.
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