POLÍCIA

Empresária suspeita de sequestrar e torturar faxineira é solta pela Justiça

Mulher, de 45 anos, estava presa desde 26 de outubro, data do crime; vítima ainda se recupera das lesões e do trauma sofridos em sessão de tortura

Publicado em: 09/11/2023 07:18
Última atualização: 09/11/2023 07:25

A empresária de 45 anos suspeita de sequestrar e torturar uma faxineira de 50 no mês passado em São Leopoldo foi solta pela justiça nesta terça-feira (7). Conforme a decisão, a principal investigada pelo crime, e que era ex-patroa da faxineira, está proibida de manter contato ou se aproximar a menos de 200 metros da vítima, não pode de ausentar da cidade por mais de 30 dias sem prévia autorização judicial. Ainda deverá se apresentar a cada dois meses à Justiça.


Vítima ainda se recupera das lesões e do trauma sofridos em sessão de tortura Foto: Renata Strapazzon/GES-Especial

A mulher estava presa desde 26 de outubro, data do crime. Naquele dia, ela e outras três comparsas teriam armado uma emboscada para a vítima. Atraída até uma casa no bairro Scharlau para um suposto trabalho de diarista, a mulher foi agredida com coronhadas na boca e teria sofrido cortes com estilete e queimaduras de cigarro pelo corpo.

Depois, as agressoras teriam dado banho gelado nela. Após a sessão de tortura, que teria durado cerca de três horas, a vítima foi deixada nua em um local ermo, de onde foi socorrida pela Brigada Militar e levada ao Hospital de Portão.

À Polícia, a empresária alegou que o crime teria tido motivação passional, após a empresária ter visto uma troca de mensagens entre a faxineira e o marido, apontando uma suposta relação extraconjugal do marido com a ex-funcionária. Esta versão, no entanto, é rechaçada pela vítima.

Segundo a faxineira, a motivação teria sido uma dívida de quase R$ 1 mil em roupas, contraída por ela e pelas filhas na loja que a ex-patroa mantém em São Leopoldo.


Dias após o crime, a vítima, que mora no Loteamento Colina Verde, no bairro Vargas, em Sapucaia do Sul, falou à reportagem do Jornal VS, dizendo temer pela vida dos familiares. "Estou em pânico. Não deixo minhas filhas saírem de dentro de casa. Escuto barulhos e penso que é alguém invadindo a casa", contou ela.

A investigação do caso está com a 2ª Delegacia de Polícia de Sapucaia do Sul, que apura a participação das outras suspeitas no caso. Além da empresária, ninguém mais foi detido pelo crime.

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