TRANSPORTE AÉREO DE CARGAS
Empresa que teve avião raro atingido pela enchente volta a operar no aeroporto de Porto Alegre
Total agora opera aviões Boeing modelo 737 e não mais os 727 como o que ficou ilhado no Salgado Filho; aeronave segue no terminal e está sem os motores
Última atualização: 19/12/2024 15:04
A reabertura plena do Aeroporto Internacional Salgado Filho, na última segunda-feira (16), permitiu a volta da Total Linhas Aéreas a Porto Alegre. Dona do raro Boeing 727 que ficou ilhado no pátio do aeroporto durante um mês, a Total substituiu seus icônicos trijatos e agora opera aeronaves Boeing 737.
Tradicionalmente o voo da Total parte de Porto Alegre em direção a Guarulhos (SP) perto da meia-noite e retorna de São Paulo ainda na madrugada. A companhia segue usando o mesmo ponto do pátio onde seu trijado ficou ilhado, o que vem chamando atenção do público que chega e sai do Salgado Filho.
O gerente de aviação comercial da Fraport, Pedro Paulo Navega, explica que a retomada das operações da Total em Porto Alegre é consequência da ampliação da área de uso da pista e de novas posições no pátio. "No período entre outubro e o início desta semana não tínhamos espaço para esse tipo de operação", resumiu.
A Total opera três aeronaves Boeing 737 do tipo cargueiro. Uma quarta, de prefixo PS-TLB, foi destruída em um incêndio no aeroporto de Guarulhos em novembro deste ano. As causas ainda estão sob investigação. Não houve feridos no incidente. Segundo o site especializado Aeroin, a Total já reservou matrícula para mais um avião do mesmo modelo dos demais.
Que fim levou o 727 que ficou ilhado na enchente?
Até a enchente de maio em Porto Alegre, a Total operava três Boeing 727. O de prefixo PR-TTP ficou um mês ilhado na pista e não voou mais. Está no pátio próximo ao antigo centro de manutenção da Varig, próximo ao Boulevard Laçador. Os motores já foram removidos e as janelas aparentemente receberam uma proteção especial.
Os outros dois trijatos da Total foram vendidos para operadores internacionais e já deixaram o País. Oficialmente a Total não informa se o 727 que virou um dos símbolos da enchente no Rio Grande do Sul já foi vendido e qual será seu destino.