Para preservar a saúde financeira de suas operações, o Grupo Gramado Parks entrou na Justiça com procedimento de mediação empresarial, buscando renegociar dívidas com um dos principais credores do braço imobiliário da companhia – a Forte Securitizadora (Fortesec). O pedido da empresa, que é responsável por diversos empreendimentos na Serra gaúcha, como o Parque Snowland, o Acquamotion, hotéis e restaurantes, foi acatado pela juíza Graziella Casaril, da 2ª Vara Judicial da Comarca de Gramado.
A tutela cautelar obtida judicialmente é garantida pela Nova Lei de Recuperação de Empresas, que concede fôlego para a renegociação de passivos, suspendendo, por 60 dias, ações, execuções e atos de constrição contra o patrimônio (modalidade que impede que o proprietário de algo fique impossibilitado de vender o bem ou praticar certos atos que o envolva).
A Gramado Parks alega que a medida é importante para a preservação da atividade empresarial, para a manutenção das despesas correntes e dos postos de trabalho, além da garantia de entrega de seus produtos e serviços aos clientes.
Como motivo da crise, a companhia cita a pandemia da Covid-19, que teria provocado o fechamento de suas atividades turísticas, de entretenimento e hotelaria por um longo período. O grau de endividamento também teria sido elevado pelo aumento desordenado dos insumos da construção civil e pela elevação expressiva de juros e encargos financeiros.
A Gramado Parks, que também está à frente de empreendimentos em Foz do Iguaçu, Rio de Janeiro e no Nordeste do País, atua ainda com incorporação e sistema de multipropriedades, construindo e comercializando frações imobiliárias em empreendimentos hoteleiros e resorts.
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