Uma empresa com 2.500 funcionários e 42 anos de atuação nos mercados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina decidiu pedir falência e fechar as portas.
No comunicado emitido a funcionários, parceiros e comunidade em geral, a empresa destaca a concorrência desleal, com preços muito abaixo do mercado, e os impactos da pandemia como razões para a crise, que levaram a um endividamento insustentável.
“Fizemos o que era humanamente possível fazer para garantir a continuidade da empresa. Os preços praticados pelos concorrentes eram predatórios, inviabilizando a operação”, afirma Antônio Carlos Coelho, sócio-administrador do Grupo Mobra.
Empresa de vigilância e facilites, a Mobra prestava serviços para bancos, companhias e instituições públicas. O pedido de autofalência foi protocolado no último domingo (21).
Em janeiro de 2023, pela primeira vez, o grupo começou a atrasar pagamentos de salários e benefícios, o que levou à rescisão de contratos por parte de alguns de seus clientes, além da proibição da participação em processos licitatórios.
Há poucos dias, a Mobra quitou parte dos passivos trabalhistas e, com a autofalência, pretende liquidar as demais dívidas. O processo é conduzido pelo escritório MSC Advogados.
“Em mais de quatro décadas, nunca havíamos atrasado os salários. Todo nosso esforço foi pela preservação das atividades e, principalmente, dos empregos, mas chegamos a um ponto em que não havia como prosseguir”, lamenta Antônio Carlos Coelho.
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