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SAPUCAIA DO SUL

Em três anos, quase duas mil bolsas de sangue foram coletadas no Hospital Getúlio Vargas

Posto de coleta inaugurado em dezembro de 2021 facilitou o acesso de voluntários, que antes precisavam se deslocar até Porto Alegre para fazer as doações

Renata Strapazzon
Publicado em: 18/12/2024 às 09h:40 Última atualização: 18/12/2024 às 10h:50
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No último dia 15 de dezembro, o posto de coleta de sangue do Hospital Municipal Getúlio Vargas, em Sapucaia do Sul, completou três anos em funcionamento. A inauguração do espaço, localizado no andar térreo da casa de saúde sapucaiense, facilitou o acesso de voluntários, que antes precisavam se deslocar até Porto Alegre para fazer as doações.

Posto de coleta inaugurado em dezembro de 2021 facilitou o acesso de voluntários, que antes precisavam se deslocar até Porto Alegre para fazer as doações



Posto de coleta inaugurado em dezembro de 2021 facilitou o acesso de voluntários, que antes precisavam se deslocar até Porto Alegre para fazer as doações

Foto: Arquivo

No local, as doações são realizadas duas vezes por mês, mediante agendamento. Desde a abertura até o começo desta semana, o posto havia recebido 2.420 doadores, tendo sido coletadas 1.952 bolsas de sangue. A próxima ação de coleta, a 62ª nestes três anos, ocorrerá nesta quinta-feira (19). Na data será feita, também, homenagem a autoridades, funcionários e entidades parceiras, com a entrega de certificados.

De acordo com o assessor especial do HMGV e coordenador das ações de captação de sangue, Gervásio Santana, todo o sangue coletado no hospital de Sapucaia abastece a estrutura do Hemocentro do Estado, que faz as análises necessárias e após, a distribuição, direcionando os hemocomponentes para os hospitais a ele conveniados, entre eles o próprio HMGV, o Hospital Centenário, de São Leopoldo, e muitos outros espalhados pelo RS.

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“Embora seja o Hemocentro o ente responsável pelas coletas de sangue em Sapucaia do Sul, é a equipe interna do hospital que organiza toda a logística e que atua para a ação funcionar, emprestando o espaço físico, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares administrativos e inclusive equipe da nutrição, segurança e higienização”, explica Santana.

Conforme ele, o número de hemocomponentes utilizados por mês no HMGV oscila, mas fica na média de 100. “A média de bolsas coletadas por doação gira em torno de 40, como fazemos duas ações por mês, para 100 hemocomponentes utilizados captamos em torno de 80 bolsas”, frisa. Segundo Santana, a maioria dos doadores que procuram o posto são de Sapucaia do Sul.

Perfil dos doadores 

“90% dos doadores que vêm ao Hospital Municipal Getúlio Vargas são de Sapucaia, mas temos também doadores regulares de outros municípios da Região Metropolitana e Vale dos Sinos. A principal motivação é doar sangue e salvar vidas, mas o fator local, ter a possibilidade de doar mais perto de casa e com hora marcada é um grande facilitador de acesso”, diz.

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Entre os voluntários, 60% são mulheres. “Temos doadores de todas as idades, a partir de 16 anos, com destaque para jovens estudantes e multiplicadores, que além de virem doar, fazem um trabalho maravilhoso na sua rede de amigos e familiares, trazendo outras pessoas para doarem também”, comemora.

Exemplo

Santana, que também é doador de sangue, recorda que antigamente que tinha dificuldades para ir até Porto Alegre precisava esperar a vinda do ônibus do Hemocentro para a cidade para fazer a doação. “Quando assumimos a gestão em 2021, desafiados pelo prefeito Volmir Rodrigues, a Fundação Hospital Getúlio Vargas iniciou as tratativas com o Hemocentro e conseguimos trazer as ações de doação de sangue para dentro do hospital”, diz.

“Já coletamos aqui quase duas mil bolsas de sangue nesses três anos, num modelo pioneiro que deu tão certo que, a partir dessa expertise, o Hemocentro já levou este modelo para Parobé, Esteio e Bom Princípio. E, melhor, outros municípios de outras regiões do Estado também estão se organizando para fazer o mesmo”, garante.

Coletas terão pausa durante o mês de janeiro 

No mês de janeiro, segundo Santana, não haverá coleta de sangue no posto do HMGV. Neste período, as doações poderão ser feitas diretamente no Hemocentro, em Porto Alegre. As coletas no local serão retomadas em fevereiro. Interessados em realizar a doação de sangue no HMGV podem se cadastrar pelo telefone 3451-8200, ramal 102 ou pelo WhatsApp 99892-9848.

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As bolsas de sangue coletadas em Sapucaia seguem para o Hemocentro da capital, onde são feitos todos os testes necessários e a sorologia. Antes de cada doação acontece um cadastro. Depois disso, há uma triagem com uma equipe de enfermagem. A doação é acompanhada por um responsável médico.

Quem pode doar?

• Pessoas entre 16 e 69 anos; entre 16 e 18 anos é necessário ter consentimento dos responsáveis; De 60 a 69 anos só podem doar se já tiverem doado antes dos 60; • É preciso pesar no mínimo 50kg e estar em bom estado de saúde; • O doador deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nem fumado nas 12 horas anteriores à doação; • O candidato à doação não pode estar em jejum; • A frequência máxima admitida é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher; • O intervalo mínimo entre doações deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres; • A doação de sangue deve ser 100% voluntária, altruísta e não remunerada (direta ou indiretamente), independentemente do parentesco.

O que impede de doar temporariamente?

• Gripe, resfriado e febre: aguardar sete dias após o desaparecimento dos sintomas; • Dengue: um mês após a cura; • Período gestacional; • Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana; • Amamentação: até 12 meses após o parto; • Tatuagem e/ou piercing nos últimos 12 meses; • Extração dentária: 72 horas; • Transfusão de sangue: 12 meses; • Ter sido exposto a infecções sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses.

Você sabia?

• O volume doado é reposto naturalmente pelo organismo em até 24 horas;

•O volume coletado, por padrão internacional, é de apenas 450 ml;

•O doador não se expõe a nenhum risco de contaminação, pois todos os materiais utilizados no processo de doação são descartáveis;

•Um a cada 10 pacientes hospitalizados necessitam de transfusão sanguínea.

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