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SÃO LEOPOLDO

"Ele é prioridade?": Vítima de AVC hemorrágico espera por horas para ser atendida pelo Samu; entenda o caso

Até o final da tarde de terça-feira (26), metalúrgico de 49 anos seguia internado em coma e estado grave no Hospital Centenário

Publicado em: 27/09/2023 às 03h:00
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Uma vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico esperou mais de 4 horas para ser transferida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o hospital na última segunda-feira (25).

Inicialmente, o metalúrgico Ademir dos Santos da Silva, de 49 anos, foi socorrido por colegas de trabalho e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Scharlau às 16 horas, quando foi atendido por uma equipe médica.

Paciente esperou 4 horas para transferência ao HC | Jornal NH



Paciente esperou 4 horas para transferência ao HC

Foto: Arquivo GES

Segundo a esposa e acompanhante, Beatriz Braescher, dona de casa de 51 anos, a ambulância só chegou à UPA após as 20 horas. Mesmo assim, os atendentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) afirmavam que Ademir era prioridade. “Quatro horas e meia esperando e ele é prioridade?”, questionou Beatriz.

Quando chegou, o Samu levou o paciente ao Hospital Centenário, que aguardava o paciente desde as 16h30. No final do dia de ontem, às 18 horas de terça-feira (26), Ademir estava em coma, ainda em estado grave.

No hospital, o paciente foi submetido a uma ressonância magnética seguida de cirurgia, sendo posteriormente encaminhado à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Ademir encontrava-se, ontem, com um dreno para conter os fluídos e evitar que o coágulo afete a medula cerebral.

O que dizem a UPA e a Saúde do RS

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) explica que a viatura de suporte avançado não estava disponível e os outros dois veículos não dariam conta. A FMS alega que o número de viaturas é definido pelo Ministério da Saúde e que está de acordo com as necessidades do município.

A UPA afirma que possui uma ambulância básica, pois a responsabilidade em casos graves é do Samu.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirma que o atendimento é realizado conforme a demanda do caso e a necessidade de urgência. Segundo a SES, a análise prioriza quem não está tendo acompanhamento de equipes de saúde.

Agilidade no socorro é essencial

Em caso de suspeita de AVC, as orientações são pedir para a vítima sorrir, verificar se consegue levantar os braços e tentar conversar. Se, ao sorrir, houver alguma assimetria ou a vítima sorrir apenas de um lado, pode ser paralisia facial característica de AVC.

Outros sintomas são dificuldades na fala, perda de força no braço, dor de cabeça extrema, tontura ou perda de equilíbrio e sonolência excessiva ou falta de reação.

Se confirmado, é preciso obter socorro imediato nas unidades de urgência. Em casos de AVC hemorrágico, os índices de letalidade e sequelas graves são ainda maiores. As informações são do Ministério da Saúde.

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