O mês de novembro superou o volume histórico de chuva estimado para o período. Foram diversas enchentes e milhares de pessoas desabrigadas no Rio Grande do Sul. O Guaíba atingiu a terceira maior marca na história, ficando atrás apenas do nível alcançado em 1941 e 1873.
Foto: Paulo Pires/GES
Além do gigante porto-alegrense, o Rio Caí, em Montenegro, ultrapassou os 9 metros, maior marca nos últimos 82 anos. Outro local que preocupa as autoridades é o Rio Uruguai, que enfrenta a pior cheia em 40 anos e ainda não voltou a normalidade.
E não foi apenas o novembro que foi chuvoso. O Estado enfrenta desde junho, data do primeiro ciclone, que teve grave consequências principalmente no Litoral norte, região metropolitana e Vales. No total, foram 16 mortes no período. Depois, em setembro, mais um ciclone e a catástrofe no Vale do Taquari, que deixou 50 pessoas mortas. Neste mês outras quatro vítimas perderam suas vidas por conta das consequências do clima.
Mais chuva
E o final do ano ainda reserva mais chuva para os gaúchos e também catarinenses e paranaenses. É o que afirma a MetSul Meteorologia, confirmando o risco de novos episódios de cheias nas últimas semanas de 2023. No entanto, o portal meteorológico explica ser remota as chances do Guaíba, Taquari e Caí voltem a atingir cotas tão elevadas quanto no início de novembro.
A MetSul saliente que episódios mais graves do El Niño costumam acontecer durante o inverno e a primavera, nunca no verão. Porém, há possibilidades deste modus operandi ser modificado em 2023 e início de 2024, com episódios regionalizados de chuva excessiva.
