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ANOS INICIAIS

Veja a lista das cidades da região que ganharam o selo ouro do MEC na alfabetização

Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização reconheceu como de excelência 21 municípios da região

Débora Ertel
Publicado em: 12/12/2024 às 12h:21 Última atualização: 12/12/2024 às 12h:25
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Em 20 cidades da região, a alfabetização vale ouro, sendo que em oito delas, é um ouro 100%. É isso que apontou o Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB), com o resultado do Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização 2024.

Essa é uma iniciativa do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA) e foi criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em setembro deste ano.

Iniciativa reconheceu políticas municipais em prol da alfabetização  | abc+



Iniciativa reconheceu políticas municipais em prol da alfabetização

Foto: Ana Paula Figueiredo/GES-Especial

Para alcançar o selo ouro, era preciso somar entre 85 e 100 pontos, a partir dos 20 critérios estabelecidos pela comissão de avaliação, como recomposição de aprendizagem de alunos com defasagem nos anos iniciais e a criação de uma avaliação diagnóstica da rede municipal.

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No Rio Grande do Sul, 21 municípios tiraram nota máxima, sendo oito deles na região: Brochier, Campo Bom, Imbé, Ivoti, Novo Hamburgo, Parobé, Presidente Lucena e Taquara.

Ainda alcançaram o selo ouro Dois Irmãos, Estância Velha, Esteio, Feliz, Gramado, Igrejinha, Lindolfo Collor, Morro Reuter, Nova Santa Rita, Parobé, Presidente Lucena, Rolante, Sapiranga e Tramandaí.

O selo prata foi para Bom Princípio, Canoas, Montenegro, Santa Maria do Herval e Sapucaia do Sul. Já Nova Petrópolis conquistou o único selo bronze da região. O Rio Grande do Sul, que lançou o programa Alfabetiza Tchê, também recebeu o bronze.

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Novo Hamburgo foi a única entre as cidades grandes

No caso de Novo Hamburgo, a notícia vinda de Brasília foi muito comemorada pela secretária municipal de Educação, Maristela Guasselli. Isso porque a cidade foi a única com mais de 100 mil habitantes do Estado que alcançou 100% na avaliação.

Roda de conversa e leitura faz parte do dia a dia das aulas | abc+



Roda de conversa e leitura faz parte do dia a dia das aulas

Foto: Francine Silva/GES-Especial

“Novo Hamburgo se empenhou muito. Isso é uma coisa que não se faz de um dia para o outro”, declara.
De acordo com ela, a formação continuada dos professores da rede municipal foi um investimento que fez a diferença no processo de aprendizagem, que teve o foco na alfabetização.

Além disso, o Município adquiriu 50 mil livros para incentivar a leitura e criou 24 núcleos de alfabetização que foram chamados de Ateliê Alfaletrar, com atendimento no contraturno.

“Nós somos uma rede com 24 mil alunos. Obviamente, uma cidade que tem que dar conta de 91 escolas é diferente de uma cidade que tem cinco, dez escolas, porque é menos pessoas, é menos crianças, é menos movimento”, avalia.

Maristela também preside a União dos Dirigentes Municipais de Educação do Rio Grande do Sul. Ela explica que a entidade estimulou as prefeituras a participarem da iniciativa. “O Brasil inteiro se movimentou em relação a essa proposta. E isso mostra a liderança e a capacidade dos dirigentes municipais de educação”, comenta.

Região destaca investimento e formação dos professores

O prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi, também avalia que o resultado do município não foi por acaso. “O reconhecimento mostra que foi muito acertado apostar no ensino em tempo integral, investir em todas as escolas, inclusive nos bairros mais periféricos, e priorizar os nossos alunos”, salienta.

Em Taquara, a secretária municipal de Educação, Esporte e Lazer, Carla Amaral, informa que um trabalho intenso foi realizado, tanto na qualificação dos profissionais quanto com as crianças. A estratégia incluiu a adesão ao Alfabetiza Tchê e a implantação de um projeto de educação em tempo integral para as crianças que estavam com dificuldade de alfabetização.

Para o prefeito de Parobé, Diego Picucha o reconhecimento é o reflexo do trabalho sério e dos investimentos realizados para garantir um ensino de qualidade. Ele lembra a inauguração da Escola Nestor Herculano de Paula, a primeira a oferecer educação em tempo integral.

“Essa conquista é fruto do esforço coletivo de toda a comunidade educativa de Ivoti”, afirma a secretária municipal de Educação de Ivoti, Cristiane Spohr.

Já a secretária municipal de Educação de Presidente Lucena, Marli Schmitt, diz que o selo veio graças ao trabalho de todos. Desde as formações, organização dos Cantinhos de Leitura, atividades de incentivo à leitura e escrita, as avaliações, o laboratório de aprendizagem e atividades de contraturno.

Enchente afetou educação de São Leopoldo

Na região, 15 cidades não receberam nenhum tipo de classificação do MEC, sendo São Leopoldo, uma delas. Conforme a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação, embora o programa de alfabetização tenha sido implementado, seu pleno desenvolvimento foi comprometido devido às consequências da enchente.

A catástrofe climática impactou gravemente 18 escolas municipais.

Enchente impactou no funcionamento das escolas de São Leopoldo  | abc+



Enchente impactou no funcionamento das escolas de São Leopoldo

Foto: Divulgação/Prefeitura de São Leopoldo

“Prioridade foi dada à recuperação das escolas, do calendário letivo e ao retorno dos alunos evadidos às salas de aula, o que impossibilitou o cumprimento integral dos critérios exigidos pelo MEC”, diz a nota.

A assessoria explica que apesar de não ter concorrido ao selo de alfabetização, o município realizou diversas ações para melhorar o aprendizado, reafirmando seu compromisso com a educação.

MEC reconheceu municípios com boas práticas

Essa distinção do MEC reconheceu as secretarias de educação com boas práticas de colaboração entre os entes federativos para garantir a alfabetização de todas as crianças até o final do 2º ano do ensino fundamental. Dentre os itens avaliados está ainda a formação de professores e gestores e distribuição de materiais didáticos complementares.

O objetivo desta força tarefa também é recuperar as aprendizagens de alunos do 3º, 4º e 5º ano que foram afetadas pela pandemia. Sobre os impactos causados pela Covid-19 na educação, um estudo feito pelo governo de São Paulo, que realiza anualmente testes padronizados nas escolas em áreas como a matemática, avaliou que serão necessários até 11 anos para recuperar a aprendizagem perdida.

A alfabetização na idade certa é considerada um dos pilares fundamentais do processo educacional, pois influencia o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes ao longo da vida.

Nesta primeira edição do selo, a seleção contou com a participação dos 26 estados e do Distrito Federal, bem como de 4.578 municípios brasileiros. Isso representa mais de 82% do total dos 5.570 municípios brasileiros.

A entrega do reconhecimento aos premiados seria realizada nesta semana, mas foi cancelada porque o presidente Lula está hospitalizado. 

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