O governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), esteve nesta quarta-feira (19) em almoço na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Canoas (Cics). O chefe do Executivo gaúcho falou sobre as prioridades da atual gestão, expectativas e conquistas nos últimos quatro anos em que governou o Rio Grande do Sul.
Durante a palestra, Leite anunciou um reforço no policiamento ostensivo em Canoas. “Teremos a formatura de 700 novos alunos da Brigada Militar (BM). Desta turma, 100 policiais serão destacados para Canoas e vão ajudar o município pelos próximos meses.” A data, no entanto, ainda não foi anunciada pelo Comando Metropolitano da BM.
Foto: Alisson Moura/PMC
O aumento no efetivo acontece por conta do alto número de homicídios neste primeiro trimestre. Segundo um levantamento da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), Canoas registrou 39 mortes até este 19 de março. “Em 2017 foram 150 homicídios, depois reduzimos para 130, 70 e no ano passado terminamos o ano com 78 homicídios. Não podemos deixar que os números de 2023 continuem subindo”, detalhou Leite.
O prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PSD), afirmou que conversou com o governador sobre a preocupação em relação à segurança. “Temos que ter inteligência, com um trabalho conjunto. Em três meses tivemos praticamente metade dos homicídios do ano passado.”
Educação
Além da segurança pública, o governador afirmou que uma das principais bandeiras para os próximos quatro anos é a educação. “Queremos qualificar nossos professores e diminuir a evasão escolar.” Leite citou que uma bolsa foi criada com o objetivo de auxiliar os educadores. “São R$ 600 para que possam se especializar.”
Hoje são 30 mil professores acompanhados na rede Estadual.”
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Investimentos próprios
Durante a palestra, o governador destacou os investimentos próprios feitos pelo Estado. Entre os principais estão as melhorias nas rodovias. “Concluímos a obra na RS-118. Estamos terminando o viaduto e elevada de acesso para a área industrial de Gravataí. Tudo com recursos próprios.”
Leite explicou que em 2019, o Rio Grande do Sul contava com 62 municípios sem acesso asfáltico. “Destes, 44 já estão com os acessos em execução ou com contratos sendo finalizados. Faltam 18, mas que estamos concluindo os projetos.”
As ligações regionais também serão priorizadas. “Precisamos reduzir distâncias de produção. Nosso agronegócio precisa disso. Em Lavras do Sul estamos ligando o município até Bagé. Teremos outros exemplos como esse.”
Entre estes projetos está o da RS-010. O traçado passará por Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom e Sapiranga.
Conforme o governo do Estado, o andamento do projeto aguarda a realização de audiências públicas para ouvir a população e definir os detalhes necessários. Após esta etapa será possível licitar a obra e buscar emendas.
Saúde e programa Assistir em Canoas
Leite também falou sobre o cenário da saúde em Canoas, lembrando que o programa Assistir ainda não foi colocado em prática. “Não reduzimos os valores para os hospitais de Canoas. Estamos conversando, dialogando e garantindo o incremento para outros hospitais no interior do Estado.”
O governador reiterou a possibilidade de revisão nos critérios. “Se precisar adicionar outro componente, bom, vamos conversar. Mas esse critério precisa caber no bolso do Estado.”
A quitação de dívidas foi destacada, além da ampliação de especialidades. “Conseguimos evoluir, passando de 100 para 300 ambulatórios no interior. Um deles foi a urologia, que não havia a especialização na serra, em Garibaldi.”
Os municípios, conforme Eduardo Leite, vão seguir sendo beneficiados. “Teremos verbas para 102 hospitais e 127 unidades de saúde. Acabamos de abrir um novo edital para que as cidades apresentem seus projetos na área da saúde”, concluiu.
Destaque à estabilidade
O governador também comentou, em resposta a uma alusão sobre contrastes no poder na esfera federal, sobre a importância da estabilidade política: “Qualquer rompimento gera imprevisibilidade política, o que gera imprevisibilidade na cidade e nos cidadãos. Governo
eleito tem que assumir e o gestor tem que governar. O voto é soberano, outros não podem governar se não foram eleitos”, destaca Eduardo Leite.
Para o chefe do Executivo gaúcho, a democracia não pode se movimentar de acordo com a vontade de uma torcida. “Hoje rompe para o lado que uma torcida quer, amanhã rompe para o
outro. Precisamos ter mais paciência e compreensão.”
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