“Tudo o que a gente tinha está vivo só na memória, não existe mais nada, não tenho mais casa. Um desespero total, é um pesadelo”. Dessa forma, o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, descreve a primeira visita que fez a casa onde mora, no bairro Campina, mais de 20 dias depois de o local ser atingido pela enchente. Vanazzi e a esposa, Daniela Affonso, estiveram no endereço na manhã deste sábado (25).
“Assim como muita gente, perdemos tudo, louças, livros, documentos, fotos. O cenário é muito triste. Fiquei muito abalado com tudo o que vi, cachorro morto, galinhas mortas, não gosto nem de lembrar”, comentou o prefeito ao telefone, bastante emocionado.
Segundo ele, na segunda-feira (27) deve começar a limpeza do local. “Vou tentar lavar algumas cadeiras, recuperar alguma coisa. Tá tudo muito contaminado, tem muito óleo”, diz. Conforme Vanazzi, o sentimento de tristeza é compartilhado entre as centenas de leopoldenses que tiveram vidas e histórias devastadas pela maior enchente do Estado.
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“Temos que tentar recomeçar. Nossa vida virou um papel em branco. Não existe mais nada. E acredito que este deva ser um grande problema para as famílias, lidar com o dano psicológico de viver uma situação dessas”, lamenta Vanazzi.
No começo do mês, nos primeiros dias da enchente, Vanazzi havia compartilhado no Twitter uma foto de como havia ficado a residência, completamente alagada. “Essa é a minha casa. Assim, no bairro Campina, onde sempre morei. Não perdemos só os móveis, os eletros, roupas. Eu perdi minha história, meus livros, as fotos, a trajetória de uma vida pessoal e política. Família está a salvo, cinco noites praticamente sem dormir, mas a vida de milhares de leopoldenses é o mais importante”, escreveu na oportunidade.
Na postagem, Vanazzi ainda completou: “seguimos trabalhando, torcendo que essa tragédia passe logo, que o rio baixe e que todos possam voltar para suas casas e recomeçar. Eu não me permito desistir nunca”, escreveu na oportunidade.
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