A previsão da volta da chuva para a região trouxe ainda mais angústia para as milhares de vítimas da enchente em São Leopoldo. Moradora do bairro Campina, a auxiliar de limpeza Vera Souza, 47, conta que está há dias sem dormir. Resgatada de casa quando a água já invadia o interior da residência, Vera está na casa de parentes, em Sapucaia do Sul.
“É desesperador pensar que vai voltar a chover. Eu não paro de pensar em como vou encontrar minhas coisas quando toda esta água baixar. Tudo que consegui com tanto esforço, foi perdido em algumas horas. Só quero poder voltar para a minha casa”, desabafa.
Na manhã desta quarta-feira (8), Vera, acompanhada de familiares e vizinhos, estava sobre o viaduto da Avenida João Corrêa, vendo de perto o trabalho de agentes de seguranças e voluntários, que seguiam no resgate das vítimas. “Viemos buscar uma amiga, que vai ser abrigada na minha irmã também”, explica.
Em São Leopoldo, segundo dados oficiais da Prefeitura, são cerca de 180 mil pessoas desabrigadas e desalojadas. Atualmente, há mais de 50 abrigos na cidade, que estão acolhendo 15 mil famílias removidas de suas casas devido às enchentes.
Na cidade, última atualização do Sistema da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Serviço Geológico do Brasil (CRPM), às 10h15 desta quarta-feira (8), apontava nível do Rio dos Sinos no Município com 6,85 metros, apresentando declínio de 2 centímetros por hora. De acordo com a prefeitura, o maior nível registrado na cidade durante a enchente foi 8,08 metros, na madrugada de sexta-feira (3).
Soldados do Corpo de Bombeiros, agentes da Polícia Civil e voluntários seguem atuando no socorro e auxílio às vítimas da enchente em bairros como São Miguel e Campina, em São Leopoldo. Preocupação é com a chuva, que deve voltar à região ?????Renata Strapazzon/GES-Especial pic.twitter.com/I6MAAiZIu0
— Jornal VS (@jornalvs) May 8, 2024
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