TRADIÇÃO
É desde 'piá' que os gaúchos aprendem o tiro de laço no Rodeio de Campo Bom
Uma das categorias disputadas no evento deste ano foi tiro de laço pais e filhos
Última atualização: 01/02/2024 17:26
Se para alguns laçadores o rodeio é a oportunidade de faturar e garantir uma renda extra, para a criançada é época de aprendizado. No 43º Rodeio Nacional de Campo Bom, as provas campeiras renderam mais de 200 mil reais em prêmios. E uma das categorias disputadas foi tiro de laço pais e filhos, na modalidade piá e acima e 12 anos.
Júlia Poeta Venturini, 5 anos, foi com a competidora mais jovem do rodeio. Ao lado do pai, o empresário Gilberto Venturini, 34, ela laçou pela segunda vez em sua vida. Na companhia da égua Corona, teve a supervisão do pai ao cavalgar na pista com o laço nas mãos. “Hoje não consegui jogar o laço, é muito difícil”, disse. “Me embolei toda, ficou preso no meu pé”, explicou. Júlia frequenta uma escolinha de laço e, em breve, já deverá ter força e tamanho para conseguir atirar o laço no boi.
Mas a dificuldade não é motivo para deixar de fazer. Inclusive, quando a pequena entrou na pista, foi aplaudida pelo público na arquibancada. “Eu fiquei com o coração na mão. Fiquei emocionada que ela foi, pois gosta”, disse a mãe dela, Laila Poeta, 33. A família é natural de Camaquã e ganha a vida nos rodeios, pois Venturini trabalha na divulgação dos eventos e com fábrica de roupas campeiras.
O comerciante Rodrigo Gomes, 44, natural de Viamão, acompanhou o filho Joaquim Gomes, 6, que também estava no segundo rodeio laçando.
Há 15 anos atuando como juiz de laço, Luciano Santos, 48, que reside em Canela, explica que na prova são avaliadas a indumentária, encilha do animal e a medida da armada, que tem uma série de critérios, conforme a modalidade. As regras foram definidas em 1951, idealizadas por Alfredo José dos Santos. Em Campo Bom, eram três juízes por prova, dois na cabine e um no saca laço (ponto final). “O pessoal contesta as notas, mas há muito respeito de todos”, comenta.
Em 2019, Santos julgou o Duelo no Limite do Laço em Campo Novo do Parecis, Mato Grosso. Foi o maior rodeio em prêmios até então realizado no Brasil, com R$ 928 mil. “Neste rodeio, foi a única vez que a gente usou o War, pois o valor em dinheiro era muito alto”, ressalta.
Programação continua
De segunda a sexta-feira tem baile, a partir das 20 horas. Na sexta-feira, são quatro atrações. No sábado e domingo, serão realizadas as provas culturais, além de tiro de laço.
Os ingressos são vendidos na bilheteria do Parque do Trabalhador. De segunda a quarta, a entrada é gratuita. Já de quinta-feira a domingo, R$ 10 para maiores de 15 anos e R$ 5 reais crianças de 7 a 14 anos.
Se para alguns laçadores o rodeio é a oportunidade de faturar e garantir uma renda extra, para a criançada é época de aprendizado. No 43º Rodeio Nacional de Campo Bom, as provas campeiras renderam mais de 200 mil reais em prêmios. E uma das categorias disputadas foi tiro de laço pais e filhos, na modalidade piá e acima e 12 anos.
Júlia Poeta Venturini, 5 anos, foi com a competidora mais jovem do rodeio. Ao lado do pai, o empresário Gilberto Venturini, 34, ela laçou pela segunda vez em sua vida. Na companhia da égua Corona, teve a supervisão do pai ao cavalgar na pista com o laço nas mãos. “Hoje não consegui jogar o laço, é muito difícil”, disse. “Me embolei toda, ficou preso no meu pé”, explicou. Júlia frequenta uma escolinha de laço e, em breve, já deverá ter força e tamanho para conseguir atirar o laço no boi.
Mas a dificuldade não é motivo para deixar de fazer. Inclusive, quando a pequena entrou na pista, foi aplaudida pelo público na arquibancada. “Eu fiquei com o coração na mão. Fiquei emocionada que ela foi, pois gosta”, disse a mãe dela, Laila Poeta, 33. A família é natural de Camaquã e ganha a vida nos rodeios, pois Venturini trabalha na divulgação dos eventos e com fábrica de roupas campeiras.
O comerciante Rodrigo Gomes, 44, natural de Viamão, acompanhou o filho Joaquim Gomes, 6, que também estava no segundo rodeio laçando.
Há 15 anos atuando como juiz de laço, Luciano Santos, 48, que reside em Canela, explica que na prova são avaliadas a indumentária, encilha do animal e a medida da armada, que tem uma série de critérios, conforme a modalidade. As regras foram definidas em 1951, idealizadas por Alfredo José dos Santos. Em Campo Bom, eram três juízes por prova, dois na cabine e um no saca laço (ponto final). “O pessoal contesta as notas, mas há muito respeito de todos”, comenta.
Em 2019, Santos julgou o Duelo no Limite do Laço em Campo Novo do Parecis, Mato Grosso. Foi o maior rodeio em prêmios até então realizado no Brasil, com R$ 928 mil. “Neste rodeio, foi a única vez que a gente usou o War, pois o valor em dinheiro era muito alto”, ressalta.
Programação continua
De segunda a sexta-feira tem baile, a partir das 20 horas. Na sexta-feira, são quatro atrações. No sábado e domingo, serão realizadas as provas culturais, além de tiro de laço.
Os ingressos são vendidos na bilheteria do Parque do Trabalhador. De segunda a quarta, a entrada é gratuita. Já de quinta-feira a domingo, R$ 10 para maiores de 15 anos e R$ 5 reais crianças de 7 a 14 anos.