A operação desencadeada na manhã desta quarta-feira (6), a partir da elucidação de um homicídio ocorrido em agosto, em Novo Hamburgo, revela que segue fácil o acesso de drogas e aparelhos celulares nos presídios gaúchos, inclusive na única penitenciária de alta segurança do Rio Grande do Sul.
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Seis dos 12 alvos da operação Arqueiro, que uniu a Delegacia de Homicídios (DPHPP) de Novo Hamburgo, agentes da Brigada Militar e da Polícia Penal, já encontravam-se presos por outros crimes e foram notificados dos novos mandados de prisão preventiva nos presídios onde cumprem pena.
Além da preventiva, a Polícia Penal realizou buscas dentro das celas destes investigados. Em uma das celas, na Penitenciária Modulada de Charqueadas, os agentes apreenderam 334 porções de maconha. Além disso, no mesmo presídio, foram apreendidos 12 aparelhos celulares nas celas alvos de mandados de busca e apreensão.
Já na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), os agentes da Polícia Penal encontraram um aparelho celular em poder de um dos investigados. Na cela do outro alvo, que também encontra-se recolhido na Pasc, nada de ilícito foi encontrado. “Ainda não possuímos bloqueadores de celulares na Pasc, o que facilita o acesso”, explica Anderson Prochnow, diretor do Departamento de Segurança e Execução Penal (DSEP) da Susepe.
Prochnow garante que constantemente são realizadas operações e revistas nas celas para acabar com a presença de aparelhos no interior dos presídios. Segundo ele, os aparelhos entram nos presídios por meio de drones. Somente no ano passado, no complexo prisional de Charqueadas, a Susepe apreendeu mais de 40 drones, fora os tantos outros que foram vistos circulando pela região.
Mandados foram cumpridos no Município e também em São Leopoldo, Campo Bom e Estância Velha pic.twitter.com/DRSO0qwNdW
— Jornal NH (@jornalnh) December 6, 2023
“Estamos intensificando as apreensões e revistas para acabar com essas questões rotineiras. O objetivo é a instalação de bloqueadores para evitar a utilização ilegal de celulares no sistema prisional”, explica.
Além de drogas e aparelhos celulares, bilhetes com anotações também foram apreendidos nas celas dos alvos da operação. Esses documentos, segundo o diretor, mostram elos e ligações entre os integrantes da quadrilha. Os bilhetes foram encaminhados para análise do serviço de inteligência da Susepe e entregues à Polícia Civil para avaliação.
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