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IVOTI

DROGA COM BEBÊ E DECAPITAÇÃO: Qual relação entre mãe que levava crack em carrinho e casa usada por facção

Mulher foi condenada por tráfico com o agravante de expor criança a risco; entenda o caso

Publicado em: 08/05/2023 às 09h:41 Última atualização: 25/10/2023 às 12h:34
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  • ATUALIZAÇÃO: Caso do morador de Ivoti que teve cabeça cortada e partes do corpo jogados em arroio vai a julgamento; relembre
  • O caso da droga transportada em Ivoti dentro de um carrinho de bebê, debaixo do cobertor que envolvia uma menina de um ano, resultou na condenação dos pais. Com pena de cinco anos no regime semiaberto, a mãe, uma comerciária de 25 anos, está há dois meses foragida.

    O ex-companheiro, de 26 anos, cumpre cinco anos e um mês também no semiaberto. Na época do flagrante, em abril de 2018, a família estava morando na casa onde um traficante viria a ser decapitado menos de dois meses depois, no bairro Morada do Sol.

    Na residência do casal, homem foi decapitado após prisões | Jornal NH



    Na residência do casal, homem foi decapitado após prisões

    Foto: Arquivo/GES

    Com os recursos dos réus esgotados até o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, a juíza de Ivoti, Larissa de Moraes Morais, expediu mandado de prisão da mãe no dia 26 de fevereiro deste ano. Um mês antes, conforme investigações, ela estava trabalhando e morando na cidade natal, Novo Hamburgo.

    A sentença condenatória é de 10 de setembro de 2019. No interrogatório, os pais negaram o transporte de droga no carrinho da filha, mas com versões contraditórias. Os nomes dos réus não são informados para preservar a identidade da criança, hoje com cinco anos.

    Juiz salienta o uso da criança

    Na sentença, o juiz Miguel Carpi Nejar menciona que o tráfico ficou evidenciado pelas 26 pedras de crack e duas porções de maconha apreendidas de forma fracionada, para venda, “dissimuladas em um carrinho de bebê”.

    O magistrado frisa o uso da criança. “Restou suficientemente comprovado que os acusados envolveram diretamente sua filha com idade inferior a dois anos, na prática do delito, na medida que, valendo-se de sua condição de guardiões da infante, utilizaram a criança para ocultar a droga apreendida, colocando os entorpecentes embaixo do cobertor sobre o qual a bebê estava deitada e, com isso, despistar a guarnição policial.”

    Ré alegou que era para consumo próprio

    A mãe disse que todas as drogas apreendidas pela Brigada Militar estavam em uma carteira de cigarros no bolso do então marido. Segundo a jovem, somente o companheiro foi revistado. Ressaltou que era para consumo próprio.

    Se disse usuária de maconha. Também declarou que a família estava morando em Novo Hamburgo, mas não explicou como foi parar em Ivoti. No confuso relato, contou que o esposo tinha saído de casa para usar drogas, porque estava deprimido, e que o encontrou caminhando na rua, quando foram abordados pelos policiais. Falou que sabia da dependência química do marido, mas afirmou desconhecer que era traficante.

    Pai disse que faria entrega em praça

    O pai da criança declarou que estava há três semanas se escondendo em Ivoti, sob argumento de que devia para traficantes de Novo Hamburgo e sofria ameaças. Para pagar a dívida, que seria de R$ 5 mil, teria que entregar droga na “praça do chafariz”.

    Contou que estava com a esposa na rua, a caminho do local combinado, quando uma viatura se aproximou. Disse que a mulher também foi abordada. Toda a droga apreendida, conforme afirmou, estava com ele e não no carrinho do bebê. Admitiu que fugiu dos policiais, levou tiro de raspão no rosto e invadiu a casa de desconhecidos até ser preso. Segundo ele, a esposa não sabia da entrega.

    Telefones roubados com diálogos da quadrilha

    O juiz salienta que os celulares do pai e o da mãe da criança, assim como o de um terceiro preso na sequência, eram roubados e tinham conteúdo que demonstravam o tráfico. Ele cita imagens de drogas sendo pesadas em balanças de precisão e de embalagens, além de “textos envolvendo a prática da medonha mercancia”.

O caso

  • ATUALIZAÇÃO: Caso do morador de Ivoti que teve cabeça cortada e partes do corpo jogados em arroio vai a julgamento; relembre
  • O caso da droga transportada em Ivoti dentro de um carrinho de bebê, debaixo do cobertor que envolvia uma menina de um ano, resultou na condenação dos pais. Com pena de cinco anos no regime semiaberto, a mãe, uma comerciária de 25 anos, está há dois meses foragida.

    O ex-companheiro, de 26 anos, cumpre cinco anos e um mês também no semiaberto. Na época do flagrante, em abril de 2018, a família estava morando na casa onde um traficante viria a ser decapitado menos de dois meses depois, no bairro Morada do Sol.

    Na residência do casal, homem foi decapitado após prisões | Jornal NH



    Na residência do casal, homem foi decapitado após prisões

    Foto: Arquivo/GES

    Com os recursos dos réus esgotados até o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, a juíza de Ivoti, Larissa de Moraes Morais, expediu mandado de prisão da mãe no dia 26 de fevereiro deste ano. Um mês antes, conforme investigações, ela estava trabalhando e morando na cidade natal, Novo Hamburgo.

    A sentença condenatória é de 10 de setembro de 2019. No interrogatório, os pais negaram o transporte de droga no carrinho da filha, mas com versões contraditórias. Os nomes dos réus não são informados para preservar a identidade da criança, hoje com cinco anos.

    Juiz salienta o uso da criança

    Na sentença, o juiz Miguel Carpi Nejar menciona que o tráfico ficou evidenciado pelas 26 pedras de crack e duas porções de maconha apreendidas de forma fracionada, para venda, “dissimuladas em um carrinho de bebê”.

    O magistrado frisa o uso da criança. “Restou suficientemente comprovado que os acusados envolveram diretamente sua filha com idade inferior a dois anos, na prática do delito, na medida que, valendo-se de sua condição de guardiões da infante, utilizaram a criança para ocultar a droga apreendida, colocando os entorpecentes embaixo do cobertor sobre o qual a bebê estava deitada e, com isso, despistar a guarnição policial.”

    Ré alegou que era para consumo próprio

    A mãe disse que todas as drogas apreendidas pela Brigada Militar estavam em uma carteira de cigarros no bolso do então marido. Segundo a jovem, somente o companheiro foi revistado. Ressaltou que era para consumo próprio.

    Se disse usuária de maconha. Também declarou que a família estava morando em Novo Hamburgo, mas não explicou como foi parar em Ivoti. No confuso relato, contou que o esposo tinha saído de casa para usar drogas, porque estava deprimido, e que o encontrou caminhando na rua, quando foram abordados pelos policiais. Falou que sabia da dependência química do marido, mas afirmou desconhecer que era traficante.

    Pai disse que faria entrega em praça

    O pai da criança declarou que estava há três semanas se escondendo em Ivoti, sob argumento de que devia para traficantes de Novo Hamburgo e sofria ameaças. Para pagar a dívida, que seria de R$ 5 mil, teria que entregar droga na “praça do chafariz”.

    Contou que estava com a esposa na rua, a caminho do local combinado, quando uma viatura se aproximou. Disse que a mulher também foi abordada. Toda a droga apreendida, conforme afirmou, estava com ele e não no carrinho do bebê. Admitiu que fugiu dos policiais, levou tiro de raspão no rosto e invadiu a casa de desconhecidos até ser preso. Segundo ele, a esposa não sabia da entrega.

    Telefones roubados com diálogos da quadrilha

    O juiz salienta que os celulares do pai e o da mãe da criança, assim como o de um terceiro preso na sequência, eram roubados e tinham conteúdo que demonstravam o tráfico. Ele cita imagens de drogas sendo pesadas em balanças de precisão e de embalagens, além de “textos envolvendo a prática da medonha mercancia”.

A casa da facção e da barbárie

  • ATUALIZAÇÃO: Caso do morador de Ivoti que teve cabeça cortada e partes do corpo jogados em arroio vai a julgamento; relembre
  • O caso da droga transportada em Ivoti dentro de um carrinho de bebê, debaixo do cobertor que envolvia uma menina de um ano, resultou na condenação dos pais. Com pena de cinco anos no regime semiaberto, a mãe, uma comerciária de 25 anos, está há dois meses foragida.

    O ex-companheiro, de 26 anos, cumpre cinco anos e um mês também no semiaberto. Na época do flagrante, em abril de 2018, a família estava morando na casa onde um traficante viria a ser decapitado menos de dois meses depois, no bairro Morada do Sol.

    Na residência do casal, homem foi decapitado após prisões | Jornal NH



    Na residência do casal, homem foi decapitado após prisões

    Foto: Arquivo/GES

    Com os recursos dos réus esgotados até o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, a juíza de Ivoti, Larissa de Moraes Morais, expediu mandado de prisão da mãe no dia 26 de fevereiro deste ano. Um mês antes, conforme investigações, ela estava trabalhando e morando na cidade natal, Novo Hamburgo.

    A sentença condenatória é de 10 de setembro de 2019. No interrogatório, os pais negaram o transporte de droga no carrinho da filha, mas com versões contraditórias. Os nomes dos réus não são informados para preservar a identidade da criança, hoje com cinco anos.

    Juiz salienta o uso da criança

    Na sentença, o juiz Miguel Carpi Nejar menciona que o tráfico ficou evidenciado pelas 26 pedras de crack e duas porções de maconha apreendidas de forma fracionada, para venda, “dissimuladas em um carrinho de bebê”.

    O magistrado frisa o uso da criança. “Restou suficientemente comprovado que os acusados envolveram diretamente sua filha com idade inferior a dois anos, na prática do delito, na medida que, valendo-se de sua condição de guardiões da infante, utilizaram a criança para ocultar a droga apreendida, colocando os entorpecentes embaixo do cobertor sobre o qual a bebê estava deitada e, com isso, despistar a guarnição policial.”

    Ré alegou que era para consumo próprio

    A mãe disse que todas as drogas apreendidas pela Brigada Militar estavam em uma carteira de cigarros no bolso do então marido. Segundo a jovem, somente o companheiro foi revistado. Ressaltou que era para consumo próprio.

    Se disse usuária de maconha. Também declarou que a família estava morando em Novo Hamburgo, mas não explicou como foi parar em Ivoti. No confuso relato, contou que o esposo tinha saído de casa para usar drogas, porque estava deprimido, e que o encontrou caminhando na rua, quando foram abordados pelos policiais. Falou que sabia da dependência química do marido, mas afirmou desconhecer que era traficante.

    Pai disse que faria entrega em praça

    O pai da criança declarou que estava há três semanas se escondendo em Ivoti, sob argumento de que devia para traficantes de Novo Hamburgo e sofria ameaças. Para pagar a dívida, que seria de R$ 5 mil, teria que entregar droga na “praça do chafariz”.

    Contou que estava com a esposa na rua, a caminho do local combinado, quando uma viatura se aproximou. Disse que a mulher também foi abordada. Toda a droga apreendida, conforme afirmou, estava com ele e não no carrinho do bebê. Admitiu que fugiu dos policiais, levou tiro de raspão no rosto e invadiu a casa de desconhecidos até ser preso. Segundo ele, a esposa não sabia da entrega.

    Telefones roubados com diálogos da quadrilha

    O juiz salienta que os celulares do pai e o da mãe da criança, assim como o de um terceiro preso na sequência, eram roubados e tinham conteúdo que demonstravam o tráfico. Ele cita imagens de drogas sendo pesadas em balanças de precisão e de embalagens, além de “textos envolvendo a prática da medonha mercancia”.

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