Uma draga e mergulhadores iniciaram a operação para remover sedimentos oriundos da enchente e do rompimento do dique na Casa de Bombas de Novo Hamburgo, nesta sexta-feira (7). A draga opera na lagoa da Casa de Bombas, enquanto que os mergulhadores atuam do lado de dentro do prédio, junto à tubulação, onde a draga não chega devido às grades que protegem as bombas.
Importante lembrar que o dique rompeu no município de São Leopoldo, mas a argila que compõe o sistema anti-cheias acabou escorrendo para o lado de Novo Hamburgo, indo parar dentro da Casa de Bombas que fica no bairro Santo Afonso.
A dragagem é fundamental e precede a retomada da operação da Casa de Bombas, que está sem funcionar desde o início de maio, quando aconteceu a maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul. Conforme o diretor de Esgoto Pluvial da Secretaria de Obras, Ricardo Lucas Al-Alam, as bombas só serão acionadas depois que os sedimentos forem dragados.
A previsão é de que o trabalho de dragagem siga até a próxima semana.
Chegada de motores
Nesta sexta-feira (7), aconteceu outro fato importante: dois motores que fazem as bombas funcionarem chegaram a Casa de Bombas. Estes motores, que ficaram submersos devido a enchente, haviam sido retirados do local após o nível da água baixar.
Após serem limpos e passarem por uma revisão, voltaram para o local de origem e estão prontos para impulsionar o sistema de drenagem do arroio Gauchinho e do esgotamento vindo da Santo Afonso.
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“A gente tem trabalhado com muita técnica e planejamento. Seria muito fácil instalar os motores e ligar as bombas, mas, com esse tanto de sedimento que há aqui, o risco quebrar essas bombas é muito alto”, detalha Al-Alam ao explicar o motivo pelo qual as bombas serão religadas somente na próxima semana.
Enquanto isso, Novo Hamburgo segue bombeando água da lagoa da Casa de Bombas com bombas flutuantes.
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