Com a promessa de manter obediência ao papa Francisco e fidelidade à Igreja Católica, o arcebispo de Porto Alegre dom Jaime Spengler, 64 anos, foi proclamado cardeal neste sábado (7) na Basílica São Pedro, em Roma.
O brasileiro foi o oitavo bispo a se aproximar do Pontífice para receber o barrete (espécie de chapéu, na cor vermelha, usado pelos cardeais) e anel cardinalício. Os dois objetos são símbolos da nova dignidade que dom Jaime passa a ter a partir de hoje na Igreja Católica. Além disso, ele recebeu a diaconia da Igreja São Gregório Magno na Via Magliana Nova.
Antes de Francisco entregar os objetos cardinalícios a dom Jaime, os dois conversaram por alguns momentos de mãos dadas. A cerimônia foi acompanhada por familiares e amigos próximos do arcebispo porto-alegrense, além de brasileiros.
Agora, dom Jaime faz parte do grupo de eleitores de um futuro conclave, reunião que elege o novo chefe da Igreja Católica. O Brasil tem oito cardeais, sete deles com condições de voto, pois tem idade inferior a 80 anos.
Além de ser responsável pela Arquidiocese de Porto Alegre, dom Jaime é presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam).
“Jesus é o centro do nosso serviço como cardeais”, declarou o papa, afirmando os cardeais, por serem de vários lugares do mundo, representam a universidade da igreja.
Cada um dos 21 cardeais criados hoje no consistório público, reunião do Colégio de Cardeais, recebeu a responsabilidade de administrar uma igreja de Roma. Este é tido como um ato importante dentro do ritual de criação de novos cardeais, pois eles devem fazer parte da Diocese de Roma, cujo bispo é o papa, mesmo que venham de países diferentes.
A partir desta nomeação, os novos cardeais estão habilitados a participar nos dicastérios da Santa Sé (espécie de ministérios ou departamentos), onde devem ajudar Francisco na administração da Igreja. Dentre os 21 cardeais, além de dom Jaime, há quatro latino-americanos.
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