Dois meses depois da região ter sido atingida pela enchente histórica, as aulas das escolas estaduais da 2ª Coordenadoria Regional de Educação afetadas pela catástrofe já voltaram quase que em sua totalidade.
Cidades como Novo Hamburgo e São Leopoldo, por exemplo, retomaram 100% das operações. Conforme o Mapa do Retorno criado pela Secretaria Estadual de Educação, somente uma escola de São Pedro da Serra ainda não tem definição de retorno.
A maioria retomou as atividades ainda em maio. Outras, como algumas escolas de São Leopoldo, Feliz, Capela de Santana e Montenegro, voltaram às aulas no início de junho. Conforme o mapa, somente a Escola Estadual de Ensino Médio Firmino Acauan, de São Leopoldo, retornou no dia 1º de julho. Em Novo Hamburgo, a última escola a retomar as atividades foi a Escola Estadual de Ensino Fundamental no Bairro Santo Afonso, no dia 20 de junho.
Conforme a Secretaria Estadual de Educação, uma live com toda a rede foi feita para esclarecer sobre a recomposição das aprendizagens. A pasta afirma que as enchentes afetaram as regiões do Estado de maneira distinta, por isso, o retorno às aulas depende de fatores locais, com diferentes modelos de retomada sendo implementados conforme as condições de cada instituição.
“A recuperação é uma ação pontual e específica para retomar um conteúdo ou habilidade em que o aluno não obteve o desempenho esperado. Já a recomposição envolve a adaptação das práticas pedagógicas, incluindo acolhimento, avaliação diagnóstica e formação de professores, entre outros métodos”, pontua a Seduc.
Conforme a Seduc, a reposição de carga horária será realizada por meio de atividades assíncronas no segundo trimestre. “Os supervisores ficarão responsáveis por levantar a carga horária de cada componente curricular e indicar aos professores a quantidade de atividades assíncronas necessárias. As escolas com maior redução de interações presenciais durante a calamidade pública adotarão uma Matriz de Referência Priorizada”, explicou a Seduc por meio da assessoria.
Através desta diretriz, segundo a Seduc, o planejamento pedagógico do segundo trimestre nestas instituições será baseado na priorização de habilidades feita pela equipe técnica do Departamento de Desenvolvimento e da Educação Básica. “Também será disponibilizado material de apoio com sugestões de atividades”, diz a pasta.
Conforme o cronograma de recomposição das atividades da Seduc, para cumprir a carga-horária mínima anual, as escolas deverão apresentar à Coordenadoria Regional de Educação (CRE) uma proposta de reposição, observando:
Carga-horária a ser reposta para cada componente curricular; Cronograma de desenvolvimento das atividades de reposição com distribuição equitativa para evitar sobrecarga dos estudantes, limitando atividades por semana e componentes curriculares com atividades indicadas; Regra de compatibilização de atividade com carga-horária; Transparência com alunos e comunidade, garantindo que os estudantes não sejam sobrecarregados; e formato de desenvolvimento das atividades de reposição.
“Essas medidas devem ter como base o calendário escolar de aulas presenciais previsto anteriormente. A data de retorno e fechamento do primeiro trimestre será ajustada conforme o período de interrupção das aulas”, completa a Seduc.
Aulas pausadas no Instituto Estadual Madre Benícia
O Instituto Estadual Madre Benícia, em Lombra Grande, chegou a retomar o calendário escolar no dia 27 de maio, no entanto, as aulas foram pausadas na semana passada por conta de uma obra na rede de esgoto. Segundo a Seduc, a previsão de finalização da obra está prevista para esta quarta-feira (10). Na segunda-feira (8), as aulas retornaram de forma escalonada e a partir de quarta o atendimento será normalizado a todos os alunos.
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