Com uma sessão especial seguida de bate-papo com a equipe de produção, Dois Irmãos recebe, na próxima segunda-feira (18), o lançamento do documentário Somos Capazes. O curta-metragem aborda a inclusão de pessoas com deficiência, focando especialmente na educação e em histórias de superação de indivíduos que, apesar das dificuldades, demonstram que todos têm a capacidade de conquistar seus sonhos.
Foto: Divulgação
O evento acontecerá às 20h no Espaço Cultural Antiga Matriz, localizado na Avenida São Miguel, 473, centro de Dois Irmãos. A entrada é gratuita e aberta à comunidade. Após a exibição do documentário, haverá uma conversa com os diretores Anderson Dilkin, Gustavo Rubert e Jayme Magalhães Neto.
A iniciativa tem o apoio da secretaria de Cultura de Dois Irmãos e recursos da Lei Paulo Gustavo. Além disso, a produção é completamente formada por comunicadores e jornalistas, com destaque para a liderança de Anderson Dilkin, idealizador do projeto, que é cego desde o nascimento, e exatamente por isso possui uma visão única sobre a importância da educação inclusiva.
“Quando surgiu a oportunidade de inscrever o projeto, eu pensei imediatamente sobre a falta de informação que ainda existe em relação à inclusão de pessoas com deficiência. Muitas pessoas ainda não sabem como um deficiente visual, por exemplo, pode estudar e participar de atividades escolares de forma plena”, afirma Dilkin, que também é conhecido pelo seu trabalho na Rádio ABC 103.3, do Grupo Editorial Sinos. “Nosso objetivo é mostrar que todos têm o direito de sonhar e realizar seus sonhos, independente das limitações que possam ter. A educação inclusiva é possível e necessária”, completa.
Importância da Educação
Ao lado de Dilkin, Jayme Magalhães Neto, que nasceu com glaucoma, e Gustavo Rubert, diretor e produtor audiovisual, assumem a direção do projeto. O documentário conta com relatos emocionantes de estudantes, pais e educadores, além de depoimentos de autoridades locais.
Um dos destaques do filme é a história de Raíssa Lais Machado, jovem de 19 anos que tem síndrome de Down e recentemente concluiu o Ensino Médio. Conhecida pela sua determinação, Raissa sonha em cursar gastronomia. Sua trajetória é um dos exemplos que o documentário traz para mostrar a importância da inclusão educacional e o reconhecimento das capacidades únicas de cada indivíduo. “Queremos que o público se emocione, se inspire e veja a força e a realidade dessas histórias de vida”, comenta Dilkin.
O documentário apresenta também o depoimento da mãe de Raíssa, Márcia Zilles Machado, de alunos como Pedro Hahn, 7 anos, e Fernanda Abreu, mãe de Gabriel Lopes, um menino autista, além de professores e profissionais da Rede de Ensino de Dois Irmãos abordando os desafios e os avanços vividos por cada um. O curta conta ainda com depoimento da secretária municipal de Educação, Denise Maldaner, e do prefeito Jerri Meneghetti.
“Esse documentário me permite provocar uma reflexão importante na comunidade. Através das histórias que contamos, queremos sensibilizar as pessoas para a importância de incluir e valorizar as capacidades das pessoas com deficiência, mostrando que elas não precisam ser isoladas da sociedade, e que todos têm o direito de viver uma vida normal e plena”, explica Anderson Dilkin.
Raíssa Machado e sua mãe, Márcia, são personagens do documentário
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Cego desde que nasceu, Anderson Dilkin compartilhou sua experiência de vida
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Gravações ocorreram em Dois Irmãos
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Gravações ocorreram em Dois Irmãos
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Acessibilidade
A produção do filme também se destaca pelas medidas de acessibilidade adotadas. O documentário terá legenda, legendagem descritiva, audiodescrição e Libras, para garantir que a mensagem chegue a todos os públicos. Paula Boss Rohrer, professora e tradutora, foi responsável por essas adaptações.
Para o diretor e produtor Gustavo Rubert, Somos Capazes é mais do que um documentário; é uma ferramenta para sensibilizar a sociedade sobre a importância da inclusão. “O filme funciona como uma ponte para discutirmos o que significa ser inclusivo e como podemos valorizar a diversidade, especialmente nas escolas e na sociedade”, afirma Rubert.
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