ENCEFALOMIELITE

Doença que atinge equinos e nunca foi registrada no RS deixa autoridades do agronegócio em alerta

Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação diz que acompanha com atenção casos de encefalomielite equina do oeste confirmados na Argentina e no Uruguai

Publicado em: 04/12/2023 21:01
Última atualização: 04/12/2023 21:02

A Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul informou no fim da tarde desta segunda-feira (4) que "acompanha com atenção" os casos de encefalomielite equina do oeste confirmados na Argentina e no Uruguai. Até hoje o Estado nunca teve registro da doença.


Encefalomielite equina do oeste é registrada em cavalos no Uruguai e na Argentina Foto: AdobeStock

Segundo a Seapi, o Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal mantém a vigilância e o nível de atenção em todo o Estado. A secretaria informa que o Serviço Veterinário Oficial (SVO-RS) atua de forma permanente no atendimento de todos os casos suspeitos, mas até o momento não há foco da doença no Estado.

Segundo dados do Programa Estadual de Sanidade Equina (Pese) da Seapi, em 2019 foram registrados dois casos suspeitos que apresentaram laudo negativo. Uma outra suspeita, que também não se confirmou, foi investigada em 2021.

"As inspetorias veterinárias estão em permanente alerta para atender adequadamente possíveis ameaças aos rebanhos. É importante que o criador notifique quando houver suspeita de doença nervosa nos animais", explica o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal, Fernando Groff.

De acordo com Gustavo Diehl, fiscal estadual agropecuário do Pese, já foi feito com as equipes das inspetorias agropecuárias do Estado o reforço dos protocolos a serem seguidos em caso de notificação de suspeita, indicando a necessidade de colheita de amostras para diagnóstico laboratorial.

Qual a causa da encefalite equina do oeste?

A encefalite equina do oeste é causada pelo vírus do gênero Alphavirus e a transmissão ocorre pela picada do mosquito vetor Culex spp. ou Aedes spp.

A doença pode ser transmitida de animal para animal ou para humanos?

Segundo a Seapi, embora ela seja considerada uma zoonose – doença que pode acometer animais, mas também os humanos –, a encefalite equina do oeste não é transmitida entre animais e dos equinos para os seres humanos.

Quais os sintomas da encefalite equina do oeste?

A doença afeta o sistema nervoso dos equídeos e os sinais clínicos mais comuns são: febre, conjuntivite, cegueira, sinais neurológicos, andar em círculos, dificuldade em permanecer de pé, falta de coordenação motora, dificuldade de engolir, entre outros.

Existe tratamento específico para a doença?

Segundo nota da Seapi, não existe tratamento específico para a cura da animal, mas há vacinas disponíveis que podem ser eficazes na prevenção, embora elas não sejam obrigatórias nos protocolos sanitários vigentes. Além disso, não é necessário sacrificar o equino contaminado pelo vírus, sendo que alguns animais podem se recuperar, e não há interdição das propriedades.

O que fazer em caso de animal com suspeita da doença?

Os proprietários de equinos que perceberem sinais clínicos suspeitos devem notificar o Serviço Veterinário Oficial (SVO-RS) por meio das inspetorias de Defesa Agropecuária ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.

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