Estreia nesta terça-feira (5), às 19h30, no Centro Municipal de Cultura, em Sapiranga, o documentário “Rosa Morena: A Presença Negra na Cidade das Rosas”. Com entrada gratuita, a produção propõe uma reflexão sobre a diversidade cultural que constrói a identidade sapiranguense e valoriza a contribuição da comunidade negra na história local.
Foto: Divulgação
Financiado pela Lei Paulo Gustavo de Cultura, com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Sapiranga, o documentário é dirigido pelo produtor cultural e pesquisador Ismael Boeira, e pelos professores Me. Ananda de Oliveira e Jessé Boeira, e tem o objetivo de despertar a consciência sobre as raízes negras que permeiam a cidade e sua importância na formação cultural de Sapiranga.
De acordo com Boeira, Rosa Morena busca dar visibilidade à história e a contribuição da negritude em Sapiranga. “O projeto se propõe a mostrar o impacto e o papel fundamental das pessoas negras na construção social e cultural da cidade, fomentando uma reflexão profunda sobre identidade, racismo e resistência”, afirma.
O produtor explica que a narrativa conta com entrevistas que retratam personagens e memórias essenciais para a história de Sapiranga, como pessoas que vivenciaram o surgimento do carnaval local e participaram da Escola de Samba Unidos de Sapiranga.
Boeira destaca que a produção também busca dar voz às mulheres negras que viveram em Sapiranga nos anos 60, que, por meio de suas trajetórias de vida, compartilham as experiências de ser mulher e negra em uma cidade em transformação.
“Essa escolha de trazer as narrativas é o motivo pelo qual o documentário se chama ‘Rosa Morena’ — uma referência à força dessas mulheres e à representatividade feminina no contexto da negritude”, ressalta o pesquisador.
Além de exaltar a história do povo negro, o documentário buscar reforçar o reconhecimento e o respeito à presença da população na história local. “Ele busca sensibilizar o público para a importância de valorizar a diversidade e de combater o racismo, promovendo um sentimento de pertencimento e identidade entre os moradores”, classifica Boeira.
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Em termos de significado para a cidade, o produtor cultural analisa que o documentário, além de preservar a memória de Sapiranga, também vai contribuir e inspirar uma sociedade mais inclusiva e consciente, em que todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas.
A estreia, marcada para esta terça-feira (5), será acompanhada de apresentações artísticas e um bate-papo com historiadores e a equipe de direção, proporcionando ao público uma oportunidade de diálogo sobre as memórias e o papel da diversidade na valorização cultural local. Mais informações através do Instagram do proejto.
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