O documentário Atingidos Somos Nós, dirigido por Carmem Regina Giongo, professora do mestrado em Psicologia da Universidade Feevale, foi contemplado com um prêmio de grande repercussão. A obra ficou com o Prêmio de Exibição Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP).
A partir da premiação, que foi viabilizada pela Lei Paulo Gustavo, a produção será exibida pelas emissoras integrantes da RNCP no Brasil, pelo período de dois anos e também receberá R$ 20 mil pela escolha.
Com coprodução da Margot Filmes, o documentário independente narra as histórias de vida e os impactos socioambientais produzidos pela construção da Hidrelétrica de Itá, localizada entre Aratiba, no Rio Grande do Sul, e Itá, em Santa Catarina. A hidrelétrica entrou em operação em 2000 e atingiu cerca de 3,5 mil famílias.
“Na época, muitos moradores foram reassentados em outras regiões, mas grande parte permaneceu nas áreas rurais atingidas. Esses pequenos agricultores vivem em condições muito precárias e estão presenciando o desaparecimento de suas comunidades”, explica Carmem.
Tese de doutorado
A obra é fruto da tese de doutorado de Carmem, defendida em 2017, com orientação de Jussara Maria Rosa Mendes e intitulada “Futuro roubado: banalização da injustiça e do sofrimento social e ambiental na construção de hidrelétricas”.
“Estou muito feliz com o prêmio. Agora, com exibição nacional, um público muito maior terá acesso ao documentário e as diferentes formas de violação de direitos vivenciadas pelas comunidades atingidas”, afirma a professora.
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