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MÃOS AMIGAS

Doações às vítimas das enchentes chegam de todos os cantos

Caminhões desembarcam no Estado com donativos para ajudar quem precisa

Taís Forgearini
Publicado em: 15/05/2024 às 10h:14 Última atualização: 15/05/2024 às 10h:14
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Diariamente, caminhões chegam ao Rio Grande do Sul com doações de diversas regiões do Brasil e de outros países. Os voluntários desembarcam nos pampas prontos para ajudar. Dizem que fica sempre um pouco de perfume nas mãos que são generosas. E, mesmo que neste momento o cheiro das águas sujas dos rios esteja no ar, o coração dos rio-grandenses está tomado pelo perfume do carinho que chega de todo o mundo.

A tragédia é grande, mas a solidariedade é maior



A tragédia é grande, mas a solidariedade é maior

Foto: Divulgação

Morador de Florianópolis-SC, o corretor de imóveis Marcelo Maurente Goulart, 33 anos, em conjunto com outros 50 voluntários, no estado vizinho, enviaram mais de dez caminhões com doações de água, alimentos, roupas, medicamentos, produtos de higiene e limpeza. A rede, formada por pessoas sociedade civil, compra, recolhe e organiza os donativos para envio para municípios da região atingidos pelas enchentes.

“É uma força-tarefa composta por pessoas que estão ajudando de todas as formas possíveis. Quando não conseguimos o caminhão de algum empresário ou caminhoneiro fazemos uma vaquinha para alugar um. Na maioria das vezes temos conseguido de maneira voluntária. Todos os veículos são enviados cheios. A solidariedade de todos têm sido essencial”, explica.

Com o passar das semanas, Marcelo teme uma redução significativa nas doações. “É uma tendência natural, a maioria das pessoas, por questões financeiras, não consegue seguir doando por um período muito extenso. Vamos seguir ajudando e mobilizando as pessoas, mas a atuação do poder público precisará ser forte e presente no decorrer dos meses”, salienta.

Goulart é natural de Bagé-RS, mas há mais de uma década mora em Santa Catarina. “Meu primo e família são moradores de Canoas, eles perderam tudo e mesmo assim também estão engajados em auxiliar quem precisa. No primeiro dia, meu primo com um barco de pesca ajudou no resgate de cerca de 100 pessoas.”
O corretor de imóveis fala da sensação de conflito interno. “Parece nunca é suficiente. São inúmeras cidades devastadas. É como carregar um balde furado. Às vezes me sinto mal por estar em uma condição favorável. Desejo que tudo isso passe o mais rápido possível”, finaliza.

Marcos Netto, 60 anos, é exemplo de canoense que está na linha de frente na busca por doações. Associado do Rotário do Rotary Club de Canoas – Industrial – o sommelier para arrecadar recursos internacionais para compra de donativos.

Associados do Rotary Club de Canoas Industrial atuam como voluntários



Associados do Rotary Club de Canoas Industrial atuam como voluntários

Foto: Divulgação

“Já recebemos ajuda dos Estados Unidos, Austrália, Itália, Holanda, Argentina, Uruguai, Paraguai, entre outros países. Com isso, conseguimos comprar 1 mil colchões e uma tonelada de alimentos, que estamos distribuindo nos abrigos. A solidariedade dentro e fora do país está sendo essencial na ajuda aos desabrigados”, finaliza.

Interessados em ser voluntários ou contribuir com doações, os telefones para contato são: (51) 99955.8688 ou (51) 989000104.

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