Moradores dos Bairros Picada Holanda e Esperança, em Picada Café, estão há dois meses convivendo com o medo e com as incertezas que giram em torno da reconstrução da passarela de pedestres que desmoronou devido à queda de uma árvore durante o temporal que atingiu a região entre os dias 17 e 18 de novembro do ano passado.
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A passagem de pedestres, que fica no km 197 da BR-116, junto à ponte sobre o Rio Cadeia, segue interditada. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) ainda não fez o projeto para reconstruir a passarela, embora tenha decretado situação de emergência devido às ocorrências ocasionadas pelo fenômeno climático.
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Em nota, o órgão limitou-se a informar que “está cumprindo os prazos legais”. O Dnit informou, ainda, que está elaborando projetos – sem detalhá-los – para posterior execução do plano de trabalho e licitação das obras.
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A prefeitura de Picada Café garante que está cobrando celeridade do Dnit na elaboração do projeto e reconstrução da passarela, mas que ainda não recebeu nenhuma previsão para o início da obra. O secretário de Planejamento, Daniel Rosa, destacou, ainda, que a prefeitura não tem competência para realizar a obra, pois o local é área de domínio do órgão federal.
Aposentado relata o medo e os riscos de atravessar sobre ponte
Enquanto isso, pedestres e ciclistas que precisam passar pelo local dividem espaço com carros e caminhões pesados, que circulam rotineiramente pelo trecho. “Isso aqui, do jeito que tá, é um perigo só. Qualquer deslize pode ser fatal, ainda mais que essa ponte é estreita”, afirmou José Sousa de Oliveira, 57 anos.
Na última sexta-feira (12), o aposentado foi flagrado passando pelo local no mesmo momento em que os caminhões atravessam, em alta velocidade, a ponte. “Normalmente, faço esse caminho de bicicleta, mas estou evitando, pois a bicicleta ocupa ainda mais espaço e o risco fica maior. Fora que o vento que os caminhões provocam, pode fazer um ciclista se desequilibrar e cair. Cair sobre a ponte pode representar a morte”, relata.
José de Oliveira conta que essa tem sido a rotina dele e de dezenas de outros moradores. Durante o período escolar, crianças e adolescentes que residem no Bairro Picada Holanda e estudam no Colégio Décio Martins Costa estavam expostos a esse problema. A ponte sobre o Rio Cadeia fica a menos de 100 metros da escola. “Só espero que nenhuma tragédia ocorra aqui pela vagareza de solucionarem o problema, é que até fevereiro, quando as aulas voltarem, a passarela esteja no seu devido lugar”, coloca.
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